"NADA SOBRE NÓS, SEM NÓS”: O DEBATE SOBRE ACESSIBILIDADE COMO ELEMENTO DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO
Palavras-chave: Modelo. Sustentabilidade. Acessibilidade. Destinos Turísticos Costeiros.
Um destino turístico não deveria ser considerado como sustentável se não for acessível, visto que esses são temas convergentes por abordarem questões em comum, como: participação social, cidadania, direitos humanos, entre outros. Com base nesse pressuposto e diante da existência de uma lacuna identificada na literatura, o objetivo central da tese foi elaborar um instrumento de avaliação do nível de desenvolvimento sustentável do turismo em destinos costeiros, que considerasse os compromissos de acessibilidade, a fim de contribuir para categorizar esses destinos e gerar subsídios para políticas públicas com esse enfoque. Orientando-se por concepções teórico-filosóficas multiparadigmáticas, o arcabouço metodológico da tese envolveu fases distintas com diferentes pesquisas bibliográficas, documental e de campo. A relevância da presente proposta se justifica pela possibilidade e necessidade de atualização e avanço dos modelos avaliativos existentes de desenvolvimento sustentável do turismo, que devem ser orientados por um viés cada vez mais social e inclusivo. Os contributos diretos desta tese incluem a proposição teórica do termo “sustentabilidade acessível” e seus desdobramentos empíricos que são operacionalizados pelo Modelo Avaliativo de Sustentabilidade Acessível para Destinos Costeiros (MASA) cujos resultados culminam no Índice de Sustentabilidade Acessível (ISA) que pode sinalizar o quão próximos eles estão de ser tornar efetivamente um destino que desenvolve um turismo sustentável. A fim de validar o MASA, os indicadores que o compõe, foram aplicados em Natal/RN, destino costeiro de relevância nacional. Essa verificação empírica permitiu atestar, preliminarmente, a viabilidade desse instrumento, posto que propiciou resultados consubstanciados ao que se propõe o MASA. Ele requer, porém, ampla aplicação em outros destinos costeiros, além de acompanhamento continuado para eventuais ajustes, visto que modelos de avaliação devem ser ferramentas suscetíveis às constantes adequações sociais.