Banca de DEFESA: NAARA DE OLIVEIRA MARTINS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NAARA DE OLIVEIRA MARTINS
DATA : 02/03/2020
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 38-D, DEART
TÍTULO:

A gente combinamos de escreviver: Poéticas Pretas e modos de autopotência na criação em Artes Cênicas


PALAVRAS-CHAVES:

Black Poetics. Writings (Escrevivência). Necroperformance. Epistemicide. Performing Arts


PÁGINAS: 175
RESUMO:

A partir de perspectivas afrocêntricas, este estudo pesquisa a noção de Poéticas Pretas como possibilidade de autopotência na criação em Artes Cênicas e como desestabilização das estereotipias raciais nesse âmbito, entendendo tais estereotipias como práticas epistemicidas que necessitam ser problematizadas e combatidas. Inspirando-se no conto A gente combinamos de não morrer, de Conceição Evaristo, a Dissertação ora apresentada, que se intitula A gente combinamos de escreviver, tece relações entre Poéticas Pretas e a produção de subjetividades Pretas, trabalhando com a importância do afeto entre nós mesmas/os (bell hooks) e com os “usos da raiva” (Audre Lorde), ambos necessários para a manutenção e sustento das nossas escrevivências. Para tanto, parte-se dos conceitos de “encruzilhada”, de Maria Leda Martins, como reversão metodológica; e de “necropolítica”, de Mbembe, enquanto política da morte, supressora e mantenedora das narrativas hegemônicas sobre os nossos corpos — este seundo conceito também inspirou a necroperformance ¿Y si muero aquí?, realizada nas cidades de Oaxaca de Juárez e Cidade do México / México, como parte desta pesquisa. Na esteira disso, este trabalho encruzilha epistemes de autoras e autores como Audre Lorde (1978; 2018), Abdias do Nascimento (1980), Sueli Carneiro (2003), Frantz Fanon (2008), Lélia Gonzalez (2018), Achille Mbembe (2018; 2016), bell hooks (1994), Maria Leda Martins (2003), Alice Walker (2018), Molefi Asante (2009), Alex Ratts (2007), entres outras/os. Este trabalho é carregado de “projéteis” que laboram sobre a responsabilidade com nós mesmas/os, a de compartilharmos e difundirmos linguagens e ações. Nós temos um compromisso com a quebra do silêncio, com a sua transformação numa linguagem criativa e artística. Assim, o que interessa nesta pesquisa-encruzilhada é sobretudo a reverberação dos abalos provocados pelas Poéticas Pretas. Essas que pretendem ir além dos padrões tradicionalmente entendidos como “raça”, fazendo cintilar a ideia de que há muitas formas de enunciar essas subjetividades Pretas a partir da arte e, portanto, também na vida.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 007.943.004-05 - DENISE CARVALHO DOS SANTOS RODRIGUES - UFRN
Presidente - 1755707 - KARYNE DIAS COUTINHO
Interna - 830.107.854-53 - LUCIANA DE FÁTIMA ROCHA PEREIRA DE LYRA - UERJ
Externa à Instituição - SARA ELTON PANAMBY - UERJ
Notícia cadastrada em: 11/02/2020 11:07
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