Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCICLÉZIA DE SOUSA BARRETO SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: FRANCICLÉZIA DE SOUSA BARRETO SILVA

DATA: 26/11/2010

HORA: 18:00

LOCAL: Sala multimeios do NEPSA/CCSA

TÍTULO:

AS FACES E OS DISFARSES DA INFORMALIDADE EM PAU DOS FERROS: um estudo do comércio de rua e seus principais determinantes.


PALAVRAS-CHAVES:

Acumulação capitalista, população excedente, informalidade.


PÁGINAS: 60

GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas

ÁREA: Serviço Social

SUBÁREA: Serviço Social Aplicado

RESUMO:

Este trabalho objetiva o estudo do que se designa atualmente informalidade, tomando o caso do município de Pau dos Ferros, especificamente o comércio de rua e seus principais determinantes. A escolha pelo estudo das práticas informais em uma via pública se justifica no fato destas se destacarem como uma das mais antigas, evidenciando faces da realidade rural/urbana, condicionada por fatores de ordem estruturais. Este município foi escolhido como lócus da pesquisa, dentre outros motivos, pelo fato deste atualmente liderar e polarizar uma unidade espacial e territorial, que abrange municípios e distritos de três estados limítrofes (Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte), destacando-se com o território com fortes vínculos econômicos. A região polarizada pelo município de Pau dos Ferros no Rio Grande do Norte compreende 37 municípios, os quais abrigam uma população flutuante superior a 100.000 habitantes. Diante de um contexto ocupacional, no qual, segundo o censo demográfico de 2000, somente 1.819 trabalhadores ocupados tinham carteira de trabalho assinada, contrastando com mais de 3.000 sem carteira, e 2.506 trabalhando por conta própria; os estudos sobre as práticas informais no referido município ganham relevância (IBGE, 2000). A reflexão em torno dessa temática no âmbito local/regional exige a priori uma compreensão da lógica de movimento do capital, do processo de produção e acumulação capitalista e das transformações ocorridas recentemente na economia mundial, especificamente na economia brasileira, contexto no qual a economia local, está inserida, sendo diretamente influenciada por este. Em uma perspectiva de totalidade, buscamos apreender a teia complexa e contraditória de relações sociais e, dentro desta, as particularidades da informalidade, considerando os fenômenos macroeconômicos, ideo-políticos e culturais, em um tempo histórico determinado, no caso, a contemporaneidade, delimitada a partir da década de 1970. Dessa forma, objetiva-se evidenciar as articulações e lógicas que caracterizam o processo de acumulação capitalista de modo geral, mediante a análise do modo como o comércio de rua na sua configuração atual se insere nas mesmas, na perspectiva de enfretamento pelo capital de suas situações de crise. Essa forma de apreensão permitirá uma aproximação das múltiplas causalidades do fenômeno, em nível local, bem como, e principalmente, discutir de forma mais concreta sua funcionalidade, no contexto atual, no que se refere à totalidade social. Além da pesquisa teórica em textos de Marx (2004, 2008, 2009), utilizaremos a produção acadêmica de autores da atualidade como: Mészáros (2002, 2007, 2009), Harvey (2006, 2008), Antunes (1999, 2004, 2005, 2006, 2007), Pochmann (2004, 2008), Tavares (2004), Malaguti (2000), dentre outros. A escolha pela pesquisa de campo se justifica nas possibilidades que tal processo abre para a apreensão da complexidade dos fenômenos e de seus desdobramentos. Em se tratando da operacionalização da pesquisa de campo propriamente dita, ela compreenderá observação sistemática; estudo exploratório; análise documental; entrevistas semi-diretivas. As evidências que surgirem no decorrer do processo do estudo possibilitarão indagações futuras e subsidiarão outros estudos sobre a informalidade, com destaque para o comércio de rua. Ademais diante da reduzida literatura acerca dessa temática no município, as informações presentes nesse estudo poderá inclusive subsidiar políticas públicas direcionadas a essas práticas.

 

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANGELA SANTANA DO AMARAL - UFPE
Presidente - 1543230 - ELIANA COSTA GUERRA
Interno - 1149518 - SILVANA MARA DE MORAIS DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 25/11/2010 11:50
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