Influência da acrilamida e poliacrilamida em sistema microemulsionado visando aplicação na recuperação avançada de petróleo.
Microemulsão, recuperação de petróleo, acrilamida e poliacrilamida
Com a dificuldade de exploração de petróleo decorrente da ineficiência dos métodos convencionais, levou o homem a pesquisar formas de desenvolvimento de novas técnicas para a recuperação de óleo em reservatórios.
Dentre estas, podem ser citados os métodos químicos de recuperação, onde estão divididos em injeção de polímero, tensoativo, solução alcalina, ASP e espumas. Cada método de injeção dependerá de alguns fatores característicos. O mais conhecido é a viscosidade, pois quanto mais viscoso, maior a sua dificuldade de exploração. Uma das formas de facilitar a exploração do petróleo é diminuindo as forças capilares e/ou as tensões superficiais ou interfaciais entre os fluidos ou entre o óleo e a rocha.
Os sistemas microemulsionados proporcionam grande interesse devido as suas amplas potencialidades e aplicabilidades na indústria. No entanto, sistemas microemulsionados têm a capacidade de diminuir as tensões interfaciais e superficiais entre gás/líquido, líquido/líquido ou líquido/sólido, são termodinamicamente estáveis, e se formam a partir de uma aparente solubilização espontânea de dois líquidos imiscíveis (água, óleo) na presença de um tensoativo e, se necessário, um cotensoativo.
Sendo assim, este trabalho tem como objetivo estudar a influência da solubilização do monômero (acrilamida) e de um polímero (poliacrilamida) no sistema microemulsionado, bem como a sua aplicação na recuperação avançada de petróleo.
De acordo com os estudos realizados, foram observados que os sistemas com o monômero apresentaram menores valores tensão superficiais. A sua viscosidade não variava comparando com o sistema microemulsionado, porém, os sistemas microemulsionados com polímero, apresentaram tanto um aumento na tensão superficial, quanto na viscosidade.
O sistema microemulsionado com o polímero apresentou um percentual de deslocamento avançado de 87,5% e de 96% de recuperação total, ambos valores em relação ao óleo residual.