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Projeto da EAJ vai promover curso de robótica para jovens de escolas públicas do RN
26/04/2021 10:14


Ação é desenvolvida por professor e estudantes do Curso Técnico de Informática da EAJ


Por Matheus Henrique 


Coordenado pelo professor Leonardo Teixeira, o projeto de extensão MandacaruBot: Interiorização do ensino de robótica no Rio Grande do Norte tem como objetivo oportunizar o conhecimento na área da robótica para alunos do 9º ano da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte (RN) que não tenha sido bem avaliada no Índice de Educação Básica (IDEB). Esse é o primeiro ano de realização das ações do projeto e como primeiro passo, ele propõe desenvolver e ofertar um curso remoto de introdução à robótica contendo conteúdos introdutórios de programação, eletrônica, sensores e atuadores.


A criação do projeto visa levar o ensino de robótica para o interior do RN buscando ofertar conteúdos que normalmente não são vistos no ensino fundamental, especialmente na rede pública de ensino. Além disso, a ação de extensão foi pensada por meio da análise dos dados do IDEB. “A motivação para construção do projeto se deu a partir da observação da evolução do IDEB no estado do RN ao longo dos anos, pois apesar de estarmos sempre elevando esse índice, esse aumento ocorre de forma lenta. A robótica educacional é uma prática e metodologia que já vem há algum tempo sendo implementada com sucesso em várias escolas. A ideia do projeto foi tentar democratizar esse acesso à tecnologia e dar uma contribuição para a melhoria do nosso ensino”, comenta o coordenador do projeto. 


Sobre a importância do MandacaruBot, o professor fala da contribuição das atividades para a permanência dos estudantes na escola. “A democratização do ensino de robótica e suas tecnologias, assim como a aplicação prática de vários conteúdos comumente vistos em sala de aula no ensino fundamental. A partir desse contato, o aluno pode se motivar a permanecer na escola, aumentando o seu interesse pelos estudos e diminuindo a evasão por consequência, assim como despertar o interesse dele pela área tecnológica, área de muitas oportunidades no mercado de trabalho”, diz.


O projeto foi iniciado no último mês de março e o curso oferecido pelo projeto já está em desenvolvimento. “Estamos finalizando a etapa de planejamento do curso remoto e da sua carga horária, mas atualmente está sendo pensado um curso de um mês. A coordenação do projeto entrará em contato com as Secretarias Municipais de Educação a partir do mês de julho de 2021 para que as mesmas levem a proposta para as direções das escolas. As inscrições deverão ser voluntárias para os alunos de 9º ano da rede pública de ensino. Para esse ano, o pensamento é ofertar o curso para quatro turmas, de quatro municípios diferentes. O curso abordará conceitos de eletrônica e programação, e mostrará o passo-a-passo da construção de um robô”, explica o professor Leonardo.


A ideia de realizar o curso de introdução a robótica para os alunos do 9º ano nesta primeira edição é oportunizar o acesso a tecnologia na transição entre o ensino fundamental II e o ensino médio, na qual acontece uma forte evasão. Além disso, permitir que os alunos vocacionados possam buscar um Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio, como o Curso Técnico em Informática da própria Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ-UFRN), fazendo uma escolha mais assertiva do curso que fará. “O mau desempenho no IDEB 2019 foi a métrica escolhida para selecionarmos os municípios que fariam o curso, pois eles seriam os municípios que mais necessitam de apoio, e portanto foram considerados prioritários. O IDEB leva em consideração provas de conhecimento e números de evasão e reprovação das escolas. A robótica educacional permite estabelecer pontes entre os conhecimentos comumente vistos em salas de aula tradicionais, podendo dar um apoio na melhoria do conhecimento e da taxa de reprovação, e costuma proporcionar um aumento na motivação dos alunos, implicando em uma evasão menor. Este projeto será de longo prazo. A ideia é a cada ano tentar aumentar o alcance e ofertar novas possibilidades dentro da temática”, comenta o docente sobre a escolha do público o qual o projeto irá trabalhar. 


O projeto conta a colaboração dos estudantes Gabriel Sebastião do Nascimento Neto e Matheus André da Paz Silva, ambos do 2º ano do Curso Técnico em Informática da EAJ-UFRN, atuando como bolsistas do projeto, onde participam da criação e planejamento do curso. Além disso, quando esta etapa for finalizada e os conteúdos a serem lecionados forem definidos, os bolsistas vão desenvolver o curso através de videoaulas, e estarão presentes nos encontros síncronos do curso, agregando a eles a experiência do ensino, sempre com a presença e acompanhamento do professor e coordenador do projeto. Por fim os alunos farão uma avaliação do curso nessa primeira edição e serão realizadas propostas de melhorias para a sequência do projeto.


Matheus André fala do desenvolvimento das atividades e da importância da realização da ação. “Tanto eu quanto o Gabriel temos as mesmas funções. Nós vamos pegar o script que temos de algumas aulas e adaptar para uma aula de aproximadamente 15 minutos e dinamizar o conteúdo, passar de uma forma divertida. A importância do projeto é apresentar a área da tecnologia e da robótica para as pessoas, dar para elas uma oportunidade de ver e experimentar essa área, e ver se há algo que elas gostam. Pelo fato da área de robótica ser muito abrangente, ela acaba abrangendo muitas pessoas e alguém pode acabar se interessando muito por isso, e até seguindo uma carreira baseada na robótica e na tecnologia, e isso acaba contribuindo até para o próprio país”, comenta.


O coordenador ainda comenta acerca das expectativas para a realização do projeto de extensão. “As expectativas são as melhores possíveis. Os bolsistas estão motivados e a demanda por novas tecnologias e metodologias na nossa educação está posta. O projeto é apenas uma iniciativa e de longa duração. Mas espera-se que com o tempo, consigamos incentivar outras iniciativas, melhorar o nosso processo de ensino-aprendizagem e diminuir nossos índices de evasão e taxas de reprovação no interior do nosso estado”, finaliza.

 

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