Proyecto Pedagógico del Curso


     O egresso do curso de Química, licenciatura, na modalidade EaD está habilitado para:

-  Atuar em escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio.

- Ter consciência da importância social da profissão como possibilidade de desenvolvimento social e coletivo.

- Ter capacidade de disseminar e difundir e/ou utilizar o conhecimento relevante para a comunidade. 

- Atuar no magistério, em nível de ensino fundamental e médio, de acordo com a legislação específica, utilizando metodologia de ensino variada, contribuindo para o desenvolvimento intelectual dos estudantes e para despertar o interesse pela ciência em adolescentes; organizando e usando laboratórios de ciências/Química; escrevendo e analisando criticamente livros didáticos e paradidáticos e indicando bibliografia para o ensino de Química; analisando e elaborando programas para esses níveis de ensino.

- Exercer a sua profissão com espírito dinâmico, criativo, na busca de novas alternativas educacionais, enfrentando como desafio as dificuldades do magistério. 

- Conhecer criticamente os problemas educacionais brasileiros, a partir da análise da História da Educação Brasileira e da Legislação.

- Identificar no contexto da realidade escolar os fatores determinantes no processo educativo, tais como o contexto socioeconômico, política educacional, administração escolar e fatores específicos do processo de ensino-aprendizagem da Química.

- Assumir conscientemente a tarefa educativa, cumprindo o papel social de preparar os alunos para o exercício consciente da cidadania.

- Desempenhar diferentes papeis em outras atividades da sociedade, procurando apresentar o conhecimento construído na ciência fora do espaço formal de educação.


     

     Baseados no PARECER N.º: CNE/CES 1.303/2001 que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química e Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019 que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação), o curso propõe o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades:

- Compreender, com base na realidade educacional, elementos sociais e filosóficos das ciências da educação;

- Identificar os processos de ensino e aprendizagem como construções humanas;

- Construir com criticidade o entendimento sobre a natureza da ciência e sua epistemologia, bem como compreender seu papel social e histórico;

- Compreender a pesquisa em educação e em ensino de química;

- Entender a necessidade de formação continuada;

- Desenvolver espírito científico com ênfase na criatividade, curiosidade, tomada de decisão e interdisciplinaridade;

- Exercer a docência com humanidade e cidadania;

- Saber desenvolver recursos e materiais didáticos;

- Estabelecer relações contextualizadas entre o cotidiano escolar, a realidade regional e os conteúdos químicos;

- Refletir sobre sua própria prática docente, identificando potencialidades e limitações;

- Compreender, refletir e analisar de forma crítica as implicações sociais, tecnológicas, ambientais, políticas e éticas da ciência química na sociedade;

- Adquirir conhecimentos para produzir, aplicar e avaliar aulas experimentais com vistas ao processo de ensino de aprendizagem da química;

- Construir conhecimentos básicos sobre o uso de computadores, internet, smartphones e outras tecnologias de informação e comunicação para auxiliar a aprendizagem química;

- Compreender as diversas teorias de ensino e aprendizagem, os fundamentos da didática e da psicologia, além da gestão escolar e do planejamento educacional.



     O curso de Química na modalidade a distância tem uma carga horária total de 3.200 h conforme orienta a Resolução CNE/CP n° 2, de 20 de dezembro de 2019. O período de duração do curso padrão é de 4 anos e a duração máxima é de 6 anos, conforme Regulamento de Graduação da UFRN, correspondendo a oito e doze semestres letivos. A Proposta do curso foi pensada a partir dos seguintes princípios:

- Interdisciplinaridade;

- Flexibilização Curricular;

- Articulação entre o desenvolvimento de atividades teóricas e práticas;

- Formação de conhecimentos didáticos-pedagógicos e químico;

- Indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão;

 

     Conceber um curso de graduação a distância é essencialmente diferente de concebê-lo em sua modalidade presencial. A educação a distância tem características próprias, que a faz particular e distinta, tanto no seu enfoque, quanto nos seus objetivos, meios, métodos e estratégias do decorrer do processo de ensino e aprendizagem.

     Em princípio, é importante destacar a definição de educação a distância que vai ser utilizada aqui: “A educação a distância se baseia em um diálogo didático mediado entre o professor (instituição) e o estudante que, localizado em espaço diferente daquele, aprende de forma independente (cooperativa)” (GARCIA ARETIO, 2001, p.41). Nessa definição, o autor resume o que considera características principais dessa modalidade de ensino:

a) a quase permanente separação do professor e aluno no espaço e no tempo, salvaguardando-se que nesta última variável pode produzir-se também interação síncrona.

b) o estudo independente no qual o aluno controla o tempo, espaço, ritmos de estudo e, em alguns casos, itinerários, atividades, tempo de avaliação etc. Aspectos que podem complementar-se – ainda que não necessariamente – com as possibilidades de interação em encontros presenciais ou através de plataformas digitais que forneçam oportunidades para a socialização e a aprendizagem colaborativa.

c) a comunicação mediada de via dupla entre professor e aluno e, em alguns casos, destes entre si através de diferentes recursos.

d) o suporte de uma instituição que planeja, projeta, produz materiais, avalia e realiza o seguimento e motivação do processo de aprendizagem através da tutoria”.   (GARCIA ARETIO, 2001, p. 40).

     Assim, por suas características, a educação a distância, supõe um tipo de ensino em que o foco está no aluno e não na turma. Esse aluno deve ser considerado como um sujeito do seu aprendizado, desenvolvendo autonomia e independência em relação ao professor, que o orienta no sentido do “aprender a aprender e aprender a fazer”.

     As tendências de orientação a aprendizagem em EaD também apontam para a necessidade do estudo colaborativo e/ou cooperativo como forma de dar resposta a concepção de aprendizagem. Experiências com ensino online, utilizando a metodologia dialógica freiriana, vêm mostrar que isso é possível (AMARAL, 2002), principalmente pelo uso das tecnologias da informação e comunicação que vem desempenhando papel fundamental em espaços onde ainda não é possível propor alternativas dentro dos modelos tradicionais de educação, incluindo nessas práticas a interação de tutores como orientadores/mediadores de diferentes processos dessa modalidade de ensino.

     A escolha dos componentes curriculares segue as indicações explicitadas nas diretrizes curriculares do Ministério da Educação (Parecer CNE/CES nº 1.303, de 06 de novembro de 2001; Resolução CNE/CES nº 8, de 11 de março de 2002 e Resolução CNE/CP n° 2, de 20 de dezembro de 2019). Assim, o intuito é garantir a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade a partir da integração dos conhecimentos de diferentes áreas. Nessa perspectiva, os três primeiros semestres do Curso de Química contemplam, quase em sua totalidade, componentes que permitem uma visão dos princípios que regem a química, a ciência da educação, a biologia, a física e a matemática para que ao longo de todo o curso, o estudante possa compreender como se dá as diferentes relações interdisciplinares e multidisciplinares desse conhecimento.

     No que diz respeito à Interdisciplinaridade, a estrutura curricular está organizada a partir de um conjunto de elementos e orientações que favorecem a sua implementação com componentes que se interrelacionam a partir e diferentes saberes. No primeiro e segundo semestre, por exemplo, a disciplina de “Ciências da Natureza e Realidade”, que apresenta uma discussão ampla envolvendo a caracterização do solo, clima, hidrografia, fauna e flora e a interferência humana no meio; possibilita a formação das primeiras identificações de problemas ambientais e como o homem se relaciona com a natureza. É a partir desses pontos que os estudantes podem reconhecer os diferentes processos químicos que ocorrem na natureza, os processos evolutivos e biológicos na conservação da biodiversidade e a função da matemática como ferramenta de apoio na produção de dados exatos que ajuda ao homem a investigar o encadeamento de fatos que ocorrem no mundo.

     Eixos que também configuram a estrutura curricular como interdisciplinar é a relação das discussões conceituais apresentadas pelas disciplinas de “Instrumentação para o Ensino de Química” e as disciplinas das diferentes áreas da química, uma vez que nas disciplinas de Instrumentação são abordados não só as orientações que fornecem subsídios aos futuros professores de como conduzir sua prática pedagógica, mas também, uma série de conceitos que estão se correlacionando com o que é discutido nas disciplinas de caráter puramente de conhecimento químico, como por exemplo, as disciplinas de “Arquitetura Atômica e Molecular” e “Termoquímica e Equilíbrio”. Ainda para contemplar aspectos da interdisciplinaridade a disciplina de “Vivenciando a Química Ambiental” é um dos exemplos de como o conhecimento da química se relaciona com o meio ambiente.

     Como forma de possibilitar ao estudante adequar a sua formação a um percurso autônomo em diferentes atividades, o curso apresenta flexibilização curricular que possibilita ao estudante o desenvolvimento de habilidades e competências não somente em áreas relacionadas a sua formação, mas também na escolha de componentes optativos e na escolha por ações de formação acadêmica que vão além da matriz curricular do curso, como é o caso da escolha da realização das Atividades Acadêmicas Científicas Curriculares, que têm um mínimo de 170 horas de atividades e pode ser contempladas a partir de atividades de ensino, pesquisa e extensão como listado no Anexo II.

     A flexibilização também é possível de ser encontrada entre os componentes curriculares da química, uma vez que a estrutura conta com componentes de diferentes áreas dessa ciência que podem ser cursadas sem uma extensa lista de pré-requisitos em cada uma delas. Como exemplo dessa flexibilização, pode ser citado as disciplinas de “Indústria Química e Sociedade” e “Química de Materiais”, que são orientadas a ser cursadas no último período do curso, mas caso o estudante possa cursar antes desse período, as mesmas podem ser cursadas uma vez que não possuem pré-requisito. A disciplina de “Fundamentos de Química” é outro exemplo dessa possibilidade de flexibilização, pois apesar de trabalhar as ideias primárias da química no curso, ela não impede o estudante avançar em semestres posteriores para cursar componentes que constituem as áreas da química inorgânica, orgânica ou físico-química uma vez que ela é pré-requisito apenas para a disciplina de “Experimentação e o Ensino de Química”, ofertada no segundo semestre do curso.

     Toda essa estruturação curricular foi pensada no intuito de proporcionar aos nossos estudantes a possibilidade de responder as questões, para além dos entendimentos do senso comum, uma vez que o currículo foi pensado como um conjunto de conteúdos que são fundamentais para desenvolver habilidade e competências, tais como: capacidade de leitura e interpretação de textos, gráficos, imagens e planos espaciais; escalas, ordem de grandeza, medidas e instrumentação, história e filosofia, novas interpretações da Ciência e o manuseio de reagentes e vidrarias em laboratório.

     Nesse sentido a estrutura também pode concretizar e procurar levar os estudantes ao constante aperfeiçoamento da compreensão do conhecimento químico, assegurando aos egressos que estejam preparados para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e atento as transformações do mundo. Assim, a estrutura foi delineada de forma a atender a resolução CNE/CES n° 8, de 11 de março de 2002, que versa sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química, Bacharelado e Licenciatura e busca formar professores e professoras de química que atendam a demanda do mercado de trabalho.

     No intuito de atender a essa resolução o curso é formulado a partir de componentes curriculares que caracterizam o conhecimento químico em suas diferentes áreas de atuação, possibilitando ao estudante adentrar em conhecimentos específicos conforme o Quadro 15:

 

Quadro 15: Distribuição dos componentes curriculares por área de formação na química

 

Área da Química

Componentes

Ações Didáticas

Química Geral e Inorgânica

Fundamentos de Química; Estrutura Atômica e Molecular; Diversidade Química do Ambiente e Química Inorgânica Experimental

Contempla a abordagem de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais visando a discussão de conceitos químicos aplicados a diferentes contextos a partir do uso de diferentes metodologias de ensino mediadas pelas ferramentas tecnológicas tipo Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs).

Química Orgânica

Química da Vida; Manipulação de Compostos Orgânicos; Estrutura Química e Atividade Biológica e Introdução aos Métodos de Caracterização de Compostos Orgânicos

Contempla a abordagem de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais visando a discussão de conceitos da química orgânica aplicados ao reconhecimento da diversidade de compostos orgânicos que existe na natureza. Esse grupo de disciplinas se divide em conteúdos teóricos e práticos (realizados diretamente no polo de apoio presencial) que também possui seu momento de discussão mediada pelas ferramentas tecnológicas do tipo TDICs.

Físico-Química

Termoquímica e Equilíbrio; Experimentos de Termoquímica e Equilíbrio; Cinética e Eletroquímica e Cinética Experimental

Contempla a abordagem de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais visando a discussão de conceitos da físico-química, com a realização de atividades práticas que se configuram como prática pedagógica como componente curricular, realizadas no polo de apoio presencial; e que usam diferentes metodologias de ensino mediadas pelas ferramentas tecnológicas do tipo TDICs.

Química Analítica

Tópicos de Química Analítica e Vivenciando a Química Ambiental

Contempla a abordagem de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais visando a discussão de conceitos da química analítica, com a realização de atividades práticas no polo de apoio presencial, e que usam diferentes metodologias de ensino mediadas pelas ferramentas tecnológicas do tipo TDICs.

Ensino de Química

Experimentação e o Ensino de Química; Instrumentação para o Ensino de Química I, II, III e IV; Temas integradores para Formação do Professor e Pesquisa em Ensino de Química

Contempla atividades de ensino, orientação a produção de atividades de pesquisa e extensão voltados para o desenvolvimento de ações para formar competências e habilidades ao desenvolvimento da prática profissional para o processo de ensino e aprendizagem da química na educação básica. Se subdivide em componentes teóricos e práticos que são mediados pelas ferramentas tecnológicas do tipo TDICs.

Química e Tecnologia

Industria Química e Sociedade e Química dos Materiais

Contempla discussões da atualidade sobre a indústria química e seus processos produtivos e o desenvolvimento da química de materiais como forma de apresentar aos estudantes do curso os diferentes contextos de aplicação da ciência química.

 

     Ainda nessa construção é importante ressaltar que no curso a distância existe a separação física entre os sujeitos e isso nos mostra a importância dos meios de aprendizagem, sejam eles tecnológicos ou não. Assim, pensando a produção de materiais didáticos é importante destacar que eles são elaborados/pensados e produzidos dentro das especificidades da educação a distância e da realidade do aluno.

     Aqui, entende-se que o material para a realidade do nordeste brasileiro ainda comporta material impresso, áudio e vídeo. No entanto, não se pode deixar de levar em conta o avanço dos meios digitais que tem como pano de fundo principal a informática, no qual se insere também a possibilidade de realizar atividades de extensão, como por exemplo, cursos online, já que a informática se configura como uma tecnologia que facilita em grande medida a comunicação, a troca e a aquisição de informação.

     É nesse sentido que, mesmo investindo em materiais impressos, que são disponibilizados de forma gratuita aos estudantes do curso em alguns semestres, não se pode abrir mão de projetar também a elaboração de materiais para web ou a utilização de diferentes mídias digitais para o processo de ensino e aprendizagem, o que pode levar os professores a utilizar, constantemente, software educativo, base de dados de periódicos acadêmicos, artigos científicos disponíveis na rede, dentre tantos outros recursos digitais que potencializam o processo de interação virtual via sistemas de aprendizagem como ocorre a partir das salas de aula virtual no moodle acadêmico - Mandacaru.

     É esse sistema de interação que permite aos estudantes uma interação mútua entre todos que fazem a educação a distância, ou seja, professores, estudantes e tutores (presencial e a distância). Isso porque o Moodle (Modular Object Oriented Learning Environment) é um sistema que pode ser utilizado como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e possibilita os mais diversos meios de interação através das suas salas de aula virtuais, onde utiliza ferramentas como chats on line, fóruns, webconferência, gravação de vídeos e áudios possibilitando encontros síncronos e assíncronos.

     Todo esse leque de ações possibilita uma rica experiência acadêmica e minimiza a distância entre eles. Ferramentas offline também fazem parte da plataforma e ajudam na elaboração e orientação de atividades, produção de diários, aquisição de recursos digitais em pdf para as aulas, artigos, ebooks e tantos outros. Assim, o uso do Moodle assegura aos professores e estudantes acesso dos recursos a qualquer hora e lugar proporcionando flexibilidade para o processo de ensino e aprendizagem no plano de estudos de cada estudante. Outras Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) disponíveis na web também são utilizadas. O laboratório virtual da Universidade do Colorado (PHET) e a plataforma da EduCAPES são alguns exemplos de plataformas que podem ser utilizadas pelos professores do curso a qualquer momento e as configuram como possibilidade de inovação científica e tecnológica na discussão dos conceitos químicos de cada componente curricular.

     Para ampliar a rede de interação e produção de conhecimento entre os estudantes do curso, o Plano de Ação Trienal dos Cursos de Graduação (PATCG) traz a recomendação do uso de visita aos polos, seja por professores do curso ou tutores a distância sempre que necessário. Na impossibilidade dessas visitas, é salutar o agendamento de encontros síncronos, pelo menos uma vez, em cada uma das unidades de avaliação de cada componente curricular. Esse tipo de atividade é, inicialmente, uma forma de interação em tempo real com os professores de cada componente e pode ampliar a rede de discussão entre estudantes, professores e tutores, para cada conteúdo abordado no componente. Aulas gravadas podem ser disponibilizadas no moodle, a fim de facilitar a compreensão dos diferentes conhecimentos de cada componente curricular e possibilitar a construção do processo de ensino e aprendizagem.

     É a partir de todas essas ferramentas que os estudantes têm a oportunidade de aprender a química de forma interligada, abarcando os conhecimentos do curso a partir dos pilares que estruturam a UFRN, ou seja, a indissociabilidade entre ensino-pesquisa e extensão.



     O processo de avaliação é aqui entendido como um processo de acompanhamento do aluno em seu aprendizado, muito mais que um método de aferir resultados, bem como a avaliação coletiva deste projeto, a fim de retroalimentar o currículo e promover melhorias continuamente.


AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 

     A avaliação do processo de ensino-aprendizagem do curso de Química licenciatura a distância segue as normativas estabelecidas pelo Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN (Resolução nº 171/2013-CONSEPE). De acordo com o Art. 91 do referido regulamento:

Entende-se por avaliação da aprendizagem o processo formativo contínuo que compreende diagnóstico, acompanhamento e somatório da aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes pelo estudante, mediado pelo professor em situação de ensino, expressa em seu rendimento acadêmico e na assiduidade (UFRN, 2013, p.17).

     O método e o(s) instrumento(s) de avaliação da aprendizagem devem constar no plano de curso de cada componente curricular. Este deve ser apresentado pelos docentes aos discentes a cada início de período letivo até no máximo a segunda semana de aula. A avaliação deve ser condizente com o componente curricular e com as especificidades da turma. Ainda de acordo com o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN, é obrigatório que pelo menos em uma das unidades seja realizada uma avaliação escrita individual e presencial. O professor deve divulgar e registrar o resultado da avaliação no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) até 03 dias antes de realização da próxima avaliação. Caso o discente tenha dúvidas a respeito do processo avaliativo e do resultado, ele pode solicitar revisão de rendimento acadêmico.

     A avaliação deve proporcionar aos alunos a reflexão dos conhecimentos estudados e é importante que os instrumentos avaliativos sejam diversificados e adequados às etapas e às atividades do curso, distinguindo o desempenho em atividades teóricas, práticas, laboratoriais, de pesquisa e extensão. Desta forma, o processo avaliativo poderá se dar sob a forma de monografias, exercícios ou provas dissertativas, apresentação de seminários e trabalhos orais, relatórios, projetos e atividades práticas em laboratório de ensino, entre outros, que demonstrem o aprendizado e motivem os estudantes ao desenvolvimento de sua produção intelectual, de forma individual ou em equipe.

     É considerado aprovado, quanto à avaliação de aprendizagem, o estudante que satisfaz um dos seguintes critérios: I - tem média parcial igual ou superior a 7,0 (sete); ou II - tem média parcial igual ou superior a 5,0 (cinco), com rendimento acadêmico igual ou superior a 3,0 (três) em todas as unidades. Os procedimentos de acompanhamento e de avaliação, a serem utilizados nos processos de ensino-aprendizagem, devem permitir o desenvolvimento e a autonomia do discente de forma contínua e efetiva, e resultar em informações sistematizadas e disponibilizadas aos estudantes, com mecanismos que garantam sua natureza formativa, sendo adotadas ações concretas para a melhoria da aprendizagem em função das avaliações realizadas.

     Em relação aos alunos com deficiências e com necessidades educacionais específicas tanto os instrumentos de avaliação, como os métodos de ensino-aprendizagem serão desenvolvidos pelos professores sob orientação psicopedagógica especializada oferecidos pela SIA, visando a inclusão e a acessibilidade desses alunos. Cabe destacar que, além do atendimento e acompanhamento da SIA, o curso analisará e atenderá, dentro de suas possibilidades e de acordo com a deliberação do Colegiado, as necessidades individuais e específicas de ensino-aprendizagem e de avaliação.

     Assim como o discente, o docente também é avaliado. A avaliação do docente é realizada pelos discentes no SIGAA. Os resultados da avaliação são discutidos no Conselho do Instituto de Química e no Colegiado de Curso. Periodicamente, também é realizado, junto aos alunos do curso, o levantamento das qualidades e fragilidades do curso em relação à infraestrutura, aos equipamentos, à organização didático-pedagógica, aos métodos de ensino-aprendizagem, aos docentes e à gestão. Essas informações são fundamentais para a elaboração e o acompanhamento do Plano de Ação Trienal do Curso (PATCG), tendo em vista a busca por soluções dos problemas e o fortalecimento do curso.

 

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

     O Projeto Pedagógico do Curso de Química licenciatura a distância é atualizado, avaliado e acompanhado continuamente pelo Núcleo Docente Estruturante (NDE). As atribuições do NDE são determinadas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior, por meio da Resolução-CONAES nº 01, de 17 de junho de 2010, em que estabelece:

Art. 1º. O Núcleo Docente Estruturante (NDE) de um curso de graduação constitui-se de um grupo de docentes, com atribuições acadêmicas de acompanhamento, atuante no processo de concepção, consolidação e contínua atualização do projeto pedagógico do curso (BRASIL, 2010, p. 1),

e regulamentadas no âmbito da UFRN por meio da Resolução CONSEPE-UFRN nº 124/2011, de 06 de setembro de 2011. O Colegiado do Curso, que conta com a participação docente e discente do curso, também contribui para a avaliação do PPC.

     A avaliação do Projeto Pedagógico do Curso se dá tanto no âmbito da avaliação interna quanto externa. Para a avaliação externa o curso utiliza os dados referentes ao desempenho dos estudantes no Enade e ao Questionário do Estudante, como também os relatórios de avaliação in loco. No âmbito da avaliação interna, o curso conta com o apoio da Comissão Própria de Avaliação (CPA) e da Procuradoria Educacional Institucional, ligada à PROGRAD, para a avaliação de dados institucionais como evasão, retenção, desempenho dos estudantes nos componentes curriculares relativos aos discentes do curso. A CPA também disponibiliza, a cada três anos, os dados de sua pesquisa com os egressos do curso, que permitem extrair a percepção desse público quanto à formação recebida na Instituição e sua atuação no mundo do trabalho.

     Todos esses dados são avaliados pelo NDE e Colegiado do Curso para a elaboração do Plano de Ação Trienal do Curso (PATCG), conforme a Resolução nº 048/2020 - CONSEPE. O PATCG configura-se como um plano estratégico do curso, com diagnóstico situacional e cronograma de ações compartilhado entre gestores, docentes e discentes para o período de três anos seguintes à sua aprovação, sendo elaborado pelo NDE e devendo ser aprovado pelo Colegiado do Curso e pelo Conselho do Centro, acompanhado pela Comissão de Graduação da UFRN, através de Relatórios anuais de execução do PATCG. Os Relatórios Anuais do PATCG são um momento oportuno de avaliação da execução das ações e do cumprimento das metas nas 5 dimensões previstas no plano, para o enfrentamento das fragilidades e encaminhamentos de melhorias dos indicadores de qualidade do curso, além de ser uma importante ferramenta para a atualização do PPC, em busca do aprimoramento da formação discente, com metodologias de aprendizagem ativa, inovadora e inclusiva, de forte formação técnica, comprometida com o desenvolvimento regional sustentável.

     Para finalizar o olhar sobre a avaliação, o curso de Química na modalidade a distância é amparado pela Resolução nº 048/2020 - CONSEPE que dispõe sobre a Semana de Avaliação  e Planejamento (SAP), realizada ao início de cada ano letivo conforme calendário definido pelo CONSEPE e envolvendo todo o corpo docente do curso de Química, gestores e técnico-administrativos, constituindo-se como um importante momento de reflexão e discussão sobre as condições do curso relativo às questões da infraestrutura, avaliação e autoavaliação dos docentes nas diferentes ações do processo de ensino e aprendizagem, na organização didático-pedagógica e planejamento das atividades a serem desenvolvidas durante o ano letivo.


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