Proyecto Pedagógico del Curso

O Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte adota a Resolução 04/2007 CNE/CES relativa às Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Ciências Econômicas. Na citada resolução é definida o perfil dos egressos da seguinte forma:

“Art. 3º O curso de graduação em Ciências Econômicas deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e políticas relacionadas com a economia, revelando assimilação e domínio de novas informações, flexibilidade intelectual e adaptabilidade, bem como sólida consciência social indispensável ao enfrentamento de situações e transformações políticoeconômicas e sociais, contextualizadas, na sociedade brasileira e no conjunto das funções econômicas mundiais.”

 

Além disso, a mesma norma discorre de como o Projeto Pedagógico do curso de Graduação em Ciências Econômicas deve se comprometer em criar um ambiente favorável para uma “(...) sólida formação geral e com domínio técnico dos estudos relacionados com a formação teóricoquantitativa e teórico-prática, peculiares ao curso, além da visão histórica do pensamento econômico aplicado à realidade brasileira e ao contexto mundial (...)” (CNE/CES 04/2007, pg. 2). Acrescenta-se que na formação do aluno de Ciências Econômicas da UFRN a interpretação da realidade local/regional é um ponto importante no desenvolvimento de suas habilidades. Assim, os pressupostos básicos desse perfil são os seguintes de acordo com a Resolução 04/2007 CNE/CES:

a) Base cultural ampla, que possibilite ao profissional o entendimento das questões econômicas, dentro do seu conteúdo histórico-social; 32

b) Capacidade de tomada de decisões, formulações de propostas e resolução de problemas numa realidade dinâmica, complexa e marcada pela heterogeneidade cultural e política;

c) Capacidade analítica para possibilitar a compreensão da essência dos fenômenos econômicos;

d) Visão crítica e aptidão para adquirir novos conhecimentos e desenvolver o saber consciente;

e) Domínio de habilidades relativas a efetiva comunicação e expressão oral e escrita, além de ser capaz de manipular os meios de comunicação informacionais.

          

Os discentes deverão ao longo do curso desenvolver competências e habilidades que permitam compreender a realidade local/regional e nacional, de modo que este possa atuar e contribuir para um melhor aproveitamento dos recursos. O discente do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte deve compreender a dinâmica economia de um estado que possui cerca de 1% do PIB Nacional e se insere numa região com diversas demandas socioeconômicas e histórica desigualdade, que também é reflexo do desenvolvimento econômico nacional. Esta estrutura traz aspectos que devem ser observados no desenvolvimento das habilidades, como a compreensão da estrutura produtiva, características dos agentes que se inserem no espaço econômico, como por exemplo, a estrutura das empresas, comportamento das famílias e o papel do setor público. Portanto, para o Curso atingir os objetivos propostos será buscado o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades, expressas na Resolução 04/2007 CNE/CES:

a) Desenvolver raciocínio logicamente consistente;

b) Saber ler e compreender os textos econômicos e de áreas afins;

c) Elaborar pareceres, relatórios, trabalhos de natureza científica e textos na área de Economia;

d) Utilizar adequadamente conceitos teóricos fundamentais da Ciência Econômica;

e) Utilizar formulações matemáticas e estatísticas na análise de fenômenos socioeconômicos;

f) Diferenciar as diversas correntes do pensamento econômico e sua influência nas políticas econômicas;

g) Saber atuar em equipes interdisciplinares, desenvolvendo projetos de interesse político, econômico e social.

h) Elaborar pareceres, relatórios, trabalhos e textos na área econômica

        

Conforme mencionado anteriormente, o presente Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) propõe uma nova estrutura curricular, que substituirá aquela vigente desde 2010, reiterando a missão da universidade de “educar, produzir e disseminar o saber universal, contribuindo para o desenvolvimento humano e comprometendo-se com a justiça social, a democracia e a cidadania” (Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI). A oferta dos Componentes Curriculares - obrigatórios e optativos, das Atividades Complementares e do Trabalho de Conclusão de 34 Curso foi estruturada com objetivo de prover a formação cidadã e profissional dos egressos do curso. Para que esse objetivo seja atingido, fazse necessária a adoção de metodologias de ensino fundamentadas nos pilares de inclusão e acessibilidade, indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, práticas inovadoras, flexibilização curricular e interdisciplinaridade, seguindo as normativas impostas pelo Ministério da Educação e pela UFRN.

Dentro desse contexto, as metodologias de ensino propostas foram alicerçadas nos seguintes documentos: as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação; e a RESOLUÇÃO CNE/CES Nº 4, de 13 de julho de 2007, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Graduação em Ciências Econômicas. Adicionalmente, atentou-se para os seguintes documentos normativos da UFRN: RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 171/2013, de 5 de novembro de 2013 que institui o Regulamento dos Cursos de Graduação da UFRN; RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 037/2019, de 23 de abril de 2019, que aprova alterações no Regulamento dos Cursos Regulares de Graduação da UFRN; RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 038/2019, de 23 de abril de 2019 , que regulamenta a inserção curricular das ações de extensão universitária nos cursos de graduação da UFRN; RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 193/2010, de 21 de setembro de 2010, que dispõe sobre o atendimento educacional a estudantes com necessidades educacionais específicas na UFRN; RESOLUÇÃO CONSUNI Nº 026/2019, de 11 de dezembro de 2019, que institui a política de inclusão e acessibilidade para pessoas com necessidades específicas nos cursos de graduação da UFRN; RESOLUÇÃO CONSUNI Nº 027/2019, de 11 de dezembro de 2019, que regulamenta a rede de apoio à política de inclusão e acessibilidade e à comissão permanente de inclusão e acessibilidade da UFRN; RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 048/2020, de 08 de setembro de 2020, que dispõe sobre a política de melhoria da qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação oferecidos pela UFRN; e, por fim, RESOLUÇÃO CONSEPE Nº 174/2021, de 23 de março de 2021, que aprova alteração da RESOLUÇÃO Nº 038/2019.

De modo geral, a matriz curricular do curso de graduação em Ciências Econômicas da UFRN segue o modelo adotado por outras relevantes instituições de ensino. A matriz pode ser dividida em três etapas. Nos primeiros períodos, os discentes são apresentados aos conceitos fundamentais das Ciências Econômicas (principalmente nas disciplinas Macroeconomia e Microeconomia) e aos ferramentais de outras áreas (Matemática, Estatística, Administração, História e Sociologia) que o economista utiliza. Em seguida, os discentes estudam as principais aplicações da teoria econômica em disciplinas como Economia Internacional, Economia do Setor Público, Economia Monetária e Economia Empresarial. Por fim, os últimos períodos trazem mais autonomia aos discentes que podem escolher as disciplinas optativas das áreas em que pretendem se aprofundar e as atividades complementares (estágio, 35 iniciação científica, iniciação à docência, extensão universitária) que serão desenvolvidas. Como trabalho de conclusão de curso, os discentes precisam elaborar e apresentar uma monografia.

A elaboração da nova matriz curricular foi realizada por meio de ampla discussão envolvendo os docentes e representantes dos discentes em reuniões do Colegiado do Curso, do Núcleo Docente Estruturante e dos blocos temáticos das disciplinas (Macroeconomia, Microeconomia, Métodos Quantitativos, Economia Aplicada e História Econômica). Ao longo do processo, diversas informações foram consideradas, tais como: mudanças recentes nas matrizes curriculares de outros cursos de graduação na área, as atuais taxas de reprovação nas disciplinas, os resultados obtidos nos últimos exames do ENADE, e os resultados de pesquisas com discentes e egressos. Esse conjunto de dados possibilitou a identificação das fragilidades da matriz adotada no momento, das mudanças que foram realizadas anteriormente e não surtiram o efeito esperado, e das principais dificuldades relatadas pelos alunos e professores.

Um dos principais objetivos com a nova matriz curricular é melhorar a aprendizagem dos alunos ingressantes. Nesse sentido, o primeiro período foi reformulado. Foram introduzidas as disciplinas Prática de Leitura e Elaboração de Textos, Economia Matemática I e Introdução à Economia, para que os estudantes possam consolidar os conhecimentos básicos necessários para o entendimento dos tópicos mais avançados.

Os grupos de formação elencados no Art. 5º da DCN 4/2007 incluem os componentes curriculares que cumprem o conteúdo exigido na legislação vigente. Nesse sentido, o curso de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte mediante seus componentes curriculares contempla a formação básica do Economista, com 50% da carga horária do curso, além do demais 50% da carga voltada para as especificidades do nosso currículo e do projeto pedagógico.

             

Seguindo a Resolução N° 124/2011-CONSEPE, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Graduação em Ciências Econômicas atuará no processo de consolidação e atualização contínua do projeto pedagógico do curso. Para tanto, o NDE, com o apoio da Coordenação do Curso, deverá atuar com base na política de melhoria da qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação oferecidos pela UFRN aprovada pela Resolução Nº 048/2020-CONSEPE, de 08 de setembro de 2020.

Com base na política de melhoria da qualidade dos cursos de graduação, o NDE elaborou o Plano de Ação Trienal do Curso de Graduação (PATCG), em 2020, propondo encaminhamentos de melhoria da qualidade do curso O PATCG contemplou diagnóstico situacional, baseado na análise dos relatórios das avaliações do curso (ENADE, avaliações externas do MEC ou autoavaliação), estratégias para melhoria da qualidade do curso, cronograma de ações definindo metas e responsáveis, além da forma de acompanhamento e avaliação.

O PATCG servirá de guia para o desenvolvimento das ações didático-pedagógicas inovadoras para a formação de qualidade do economista. Durante o período de execução do plano, entre os anos de 2021 e 2023, os resultados obtidos para cada uma das metas serão avaliados em reuniões anuais do NDE. Ao final do período de execução, um relatório final será produzido para orientar a elaboração do PATCG seguinte.

A avaliação do alcance das metas elencadas no PATCG será realizada também durante a Semana de Avaliação e Planejamento (SAP). Essa avaliação no âmbito da SAP contará com a participação de alunos e professores que atuam no curso, e envolverá ações decorrentes de autoavaliação e das avaliações externas como ENADE, avaliações do curso, CPC entre outras.

Ainda em relação aos processos de avaliação será considerado a atuação conjunta entre o curso, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) por meio da Diretoria de 82 Desenvolvimento Pedagógico (DDPed). Tudo isso na perspectiva de um planejamento estratégico, sempre com foco no que está sendo proposto quanto aos objetivos do curso de Ciências Econômicas, perfil do egresso, competências e habilidades esperadas, bem como as ações implementadas. O coordenador do curso deverá participar, ainda, do Seminário de Melhoria da Qualidade dos cursos de Graduação promovido anualmente pela Comissão de Graduação.

Adicionalmente, para que os alunos do curso vivenciem os mecanismos de participação desde o ingresso, pretende-se que eles se envolvam com a Semana de Integração do Curso, no início de cada semestre, bem como da avaliação e planejamento anual do curso. Entende-se que este exercício de construção conjunta da busca da excelência do curso é importante para desenvolver o senso de pertencimento, fortalecer a relação entre alunos e professores e a qualidade do curso de graduação em Ciências Econômicas.

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