Course Pedagogical Project

O Nutricionista é capacitado a atuar, visando à segurança alimentar e a atenção dietética, em todas as áreas do conhecimento em que a alimentação e a nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos em grupos populacionais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, pautado em princípios éticos, com reflexão sobre a realidade econômica, política, social e cultural.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES GERAIS

. Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito profissional,devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo.
.Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, eficácia e custo-efetividade da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir competências e
habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas.
. Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas, na interação com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura; o domínio de, pelo menos, uma
língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e informação.
. Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de saúde deverão estar aptos a assumirem posições de liderança, sempre tendo em vista o bem estar da comunidade. A liderança envolve compromisso, responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e gerenciamento, de forma efetiva e
eficaz.
. Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde.
.Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágios das futuras gerações de profissionais, mas
proporcionando condições para que haja benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços, inclusive, estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a formação e a cooperação através de redes nacionais e internacionais.
 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES ESPECÍFICAS
O nutricionista no período de sua formação deverá desenvolver competências e habilidades para:
. Aplicar conhecimentos sobre a composição, propriedades e transformações dos alimentos e seu aproveitamento pelo organismo humano, na atenção dietética;
. Contribuir para promover, manter e ou recuperar o estado nutricional de indivíduos e grupos populacionais;
.Desenvolver e aplicar métodos e técnicas de ensino em sua área de atuação;
. Atuar em políticas e programas de educação, segurança e vigilância nutricional, alimentar e sanitária, visando a promoção da saúde em âmbito local, regional e nacional;
. Atuar na formulação e execução de programas de educação nutricional, de vigilância nutricional, alimentar e sanitária;
. Atuar em equipes multiprofissionais de saúde e de terapia nutricional;
.Avaliar, diagnosticar e acompanhar o estado nutricional; planejar, prescrever, analisar, supervisionar e avaliar dietas e suplementos dietéticos para indivíduos sadios e enfermos;
. Planejar, gerenciar e avaliar unidades de alimentação e nutrição, visando a manutenção e/ou melhoria das condições de saúde de coletividades sadias e enfermas;
 . Realizar diagnósticos e intervenções na área de alimentação e nutrição, considerando a influência sócio-cultural e econômica que determina a disponibilidade, consumo e utilização biológica dos alimentos pelo indivíduo e pela população;
. Atuar em equipes multiprofissionais destinadas a planejar, coordenar, supervisionar, implementar, executar e avaliar atividades na área de alimentação, nutrição e de saúde;
. Reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos exigidos para cada caso, em todos os níveis de complexidade do sistema;
.Desenvolver atividades de auditoria, assessoria e consultoria na área de alimentação e nutrição;
. Atuar em marketing de alimentação e nutrição;
.Exercer controle de qualidade dos alimentos em sua área de competência;
. Desenvolver e avaliar novas fórmulas ou produtos alimentares, visando sua
utilização na alimentação humana;
. Integrar grupos de pesquisa na área de alimentação e nutrição;
. Investigar e aplicar conhecimentos com visão holística do ser humano, integrando equipes multiprofissionais.

     Os conteúdos para a formação do nutricionista, apresentados nesse Projeto Pedagógico, distribuem-se em conteúdos de formação geral e de formação específica.
As disciplinas estão organizadas de forma a levar o aluno à construção de seu conhecimento e ao desenvolvimento de habilidades gerais e específicas relacionadas ao Curso de Nutrição.
     A composição do currículo leva o acadêmico a aprender através de uma complexidade crescente, relacionando os conteúdos teóricos e práticos apresentados ao longo do curso, segundo os princípios da interdisciplinaridade, da flexibilização, da articulação entre teoria e prática, da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão.
 Princípios
 Interdisciplinaridade
     Entende-se por interdisciplinaridade a inter-relação das diferentes disciplinas, indispensável no processo de construção e disseminação do conhecimento. Não se pretende confundir conceitos ou conteúdos já estabelecidos, mas construir novos conhecimentos e novas realidades a partir de uma conexão coerente dos conteúdos
ministrados.
      O Curso está planejado numa organização semestral, integrando conteúdos com o intuito de oportunizar ao discente a contextualização do conhecimento específico de uma forma didática e pedagógica. As grandes áreas temáticas do conhecimento se interligam no decorrer do semestre letivo, tendo como pontes disciplinas afins.
Pensa-se ainda, que a interdisciplinaridade contribui para a articulação teóricoprática, na qual os conteúdos programáticos se articulam entre si para levar a informação de cada tema em toda a sua abrangência, favorecendo o trabalho em equipe e evitando a superposição de conteúdos.
 Flexibilização
      A flexibilização curricular é considerada, no presente contexto, como um componente essencial na organização do projeto pedagógico de um curso. Inclui a permeabilidade em relação às transformações que ocorrem no mundo científico e nos processos sociais, a interdisciplinaridade, a formação sincronizada com a realidade social, a perspectiva de uma formação continuada ao longo da vida, a articulação teoriaprática presente na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão (CABRALNETO, 2004).
      Desta forma, a estrutura curricular permitirá ao aluno participar do processo de construção da sua formação através das vivências teoria-prática que extrapolem o espaço sala de aula e conquistem novos espaços, novos cenários do ensinar-aprender, e estimulem o aluno a refletir sobre a realidade social. Faz-se necessário ainda oferecer ao aluno oportunidades que permitam:
a) articular o saber ser; o saber fazer e o saber conviver;
b) desenvolver o aprender a aprender, o aprender a ser, o aprender a fazer, o aprender a
conviver e o aprender a conhecer;
c) desenvolver atividades que conduzam à valorização das dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno e no nutricionista atitudes e valores orientados para a cidadania e para a solidariedade.
Estes atributos são indispensáveis à formação do nutricionista.
 Articulação entre Teoria e Prática
Uma proposta de articulação teoria e prática passa necessariamente pela construção do conhecimento a partir da vivência do aluno, participando do processo de criação e descoberta, buscando na teoria as ferramentas que possam nortear a sua prática e ao mesmo tempo ajudar a entendê-la.
       Assim, o curso deve propiciar a inter-relação entre teoria e prática através de atividades que levem o aluno a conhecer/vivenciar a realidade e o modo de vida das pessoas, propiciando uma reflexão a partir das experiências vividas e fazendo com que ele se perceba como sujeito ativo no processo de transformação da sociedade.
Aproximar o aluno da comunidade através de atividades práticas lhe permitirá uma vivência necessária à sua maturidade profissional, tendo o contato com situações de complexidade e responsabilidade crescentes, favorecendo o desenvolvimento da iniciativa, do espírito crítico e criativo, do conhecimento da realidade e do compromisso social do estudante, aprimorando a sua atuação a partir da articulação e integração dos
conhecimentos e das habilidades específicas.
       Indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão Espera-se de um Projeto Pedagógico de curso a valorização de ações e atividades que permitam ao aluno o envolvimento com a pesquisa e a extensão universitária, seja
através da articulação graduação/pós-graduação, seja através do desenvolvimento de atividades interdisciplinares e multiprofissionais.

1- Avaliação do Projeto Pedagógico do Curso
O acompanhamento sistemático e permanente do Projeto Pedagógico do Curso configura-se como uma condição essencial para a concretização dos objetivos por ele propostos. Deve contar com o envolvimento de professores, alunos e funcionários do curso, sendo aberta à participação de outros profissionais que possam contribuir para o
aprimoramento do Projeto e, consequentemente, do Curso.
     Para tanto, é necessário o apoio e atuação do Núcleo Docente Estruturante do curso (NDE) e do Colegiado de Curso, permanentemente inteirado do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem e que dê respaldo às necessidades que se apresentem, pensando e viabilizando estratégias para a melhor resolução das situações.               Neste sentido, é necessária também a avaliação periódica do processo de implementação do Projeto Pedagógico do Curso, suas dificuldades e êxitos, à luz das informações resultantes da avaliação das disciplinas, da avaliação dos docentes pelos discentes, do PDI e PP institucional, dos seminários de avaliação do curso, das reuniões de
planejamento do curso, dos resultados do ENAD e das comissões do NDE, dentre outros.
     Além disso, faz-se necessária a contribuição de uma Comissão de Assessoria Pedagógica (PROGRAD) incubida de, juntamente com o Colegiado e o NDE, de traçar estratégias para a solução dos problemas e para o melhor desenvolvimento das ações propostas pelo Projeto.
     Neste processo, é fundamental, também, a participação efetiva do Orientador Acadêmico junto aos alunos e à Coordenação do Curso para nortear as tomadas de decisões quanto ao melhor desenvolvimento/desempenho do aluno, durante a sua vivência na Instituição, contribuindo ainda com informações que auxiliam na avaliação
do processo de implantação do curso e para a elaboração de modificações/adequações futuras.
2- Avaliação do Processo Ensino-aprendizagem
Atualmente, a avaliação é tema de destaque nos diversos setores da atividade humana, especialmente no Processo de Produção do Conhecimento e da Educação (GOMES, 2006).
     No âmbito específico da aprendizagem, a avaliação do aluno ganha sentido à medida que se articula ao processo de ensino, ao Projeto Pedagógico do Curso e se insere em um processo educativo e de formação profissional, com base nas ciências que têm como objeto o homem e suas relações. Pretende-se, assim, a prática de uma avaliação comprometida com a aprendizagem, com a produção, com a apropriação dos saberes e que tenha como foco a melhoria da qualidade do ensino (GOMES, 2006).
      Com base nessa premissa, a avaliação da aprendizagem deve ser pensada/construída como parte constitutiva do processo de ensino e, não, restrita apenas aos exames e/ou trabalhos escritos. Assim, a avaliação será continuada, rompendo com o conceito de avaliação enquanto instrumento e assumindo uma nova perspectiva – a de processo que envolve todas as atividades realizadas pelos alunos, bem como a sua postura nos encontros teóricos e teórico-práticos, o desempenho durante a realização de tarefas, a capacidade de criar e raciocinar, e a capacidade de análise e reflexão acerca da realidade em que se encontra.
       O Colegiado de Curso também aprovou a realização da Atividade Integradora e da Avaliação Integrada (ANEXO 4), que visam contribuir para a verificação das competências, habilidades e conhecimentos desenvolvidos pelos estudantes, bem como o uso, síntese e integração de conhecimentos adquiridos ao longo do curso, gerando
subsídios para o desenvolvimento e acompanhamento de ações pedagógicas. A Atividade Integradora ocorre com os alunos do II nível e busca, através de um tema condutor, consolidar e inter-relacionar os conhecimentos construídos no primeiro ano do curso. Nesta atividade, após a escolha do tema, é definida uma disciplina âncora
que, juntamente com o orientador acadêmico da turma, irá coordenar os trabalhos para a elaboração de um produto que retrate a evolução do conhecimento dos discentes ao longo do ano, bem como sua capacidade de integrar os saberes dos diversos componentes curriculares cursados. Já a Avaliação Integrada ocorre com os alunos do 4º, 6º e 8º períodos, e trata-se de uma avaliação escrita composta por questões objetivas e dissertativas compatíveis com as disciplinas ministradas, até o momento, para cada período acadêmico. Para elaboração e correção da avaliação são seguidos os parâmetros norteadores do ENADE, referentes aos conteúdos específicos para o curso de Nutrição, dispostos na Portaria MEC/Inep nº 223, de 13 de julho de 2010. A composição da avaliação é discutida e planejada por todos os docentes do curso e os resultados são discutidos e divulgados, em cada turma participante, pelo orientador acadêmico, e no Colegiado do Curso.
        Aliado a todos estes aspectos expostos, cada docente e cada aluno deverá considerar a normatização institucional da avaliação proposta no Regulamento dos Cursos de Graduação, através da RESOLUÇÃO Nº227/2009-CONSEPE, de 03 de dezembro de 2009, em seu título VII, no tocante à avaliação da aprendizagem e da assiduidade, que possui capítulos referentes à disciplinas e outros componentes curriculares.

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