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Informamos que no dia 16/10, quinta-feira, ocorrerá a seguinte palestra no Auditório do Departamento de Geofísica:


CICLO DE SEMINÁRIOS LABSIS 2014 - SÉTIMO SEMINÁRIO
Data: 16/10/2014
Horário: 15h30min
Local: Auditório do departamento de Geofísica (prédio REUNI)
Ministrante: Jordi Julià (Professor do Departamento de Geofísica e do Programa de Pós-graduação em Geodinâmica e Geofísica)
Título:  Procurando plumas no manto brasileiro: Estudos na Província Borborema e na bacia do Paraná.

Resumo:
"A origem do vulcanismo intraplaca tem sido geralmente explicado através da presença de plumas originárias do manto profundo. O modelo de pluma têm sido bem sucedido para explicar características tais como a progressão da idade de algumas cadeias de ilhas vulcânicas e a formação de grandes províncias ígneas no planeta, mas os casos de vulcanismo difuso no interior das placas têm se mostrado mais desafiador. Um excelente exemplo é o vulcanismo Cenozóico da Província Borborema. A Província Borborema é considerada como parte de uma faixa móvel Neoproterozóica que se estruturou durante a orogênese Brasiliana/Pan-Africana e que foi marcada por episódios de vulcanismo e soerguimento intraplaca durante o Cenozóico. O vulcanismo consiste de pequenos volumes de rochas alcalinas dispostos ao longo de uma linha na direção NS, conhecida como alinhamento Macau-Queimadas (MQA), enquanto a área soerguida forma um domo elíptico de até 1200 m de altitude e é conhecido como Planalto da Borborema. O padrão de esforços da deformação Cenozóica, juntamente com a sobreposição temporal com o vulcanismo MQA, foram inicialmente invocados para propor um mecanismo de domeamento térmico por uma pluma mantélica. Mais recentemente, mecanismos relacionados à convecção em pequena escala na borda do continente combinada com elevação por isostasia devido a underplating máfico da crosta, ou com fluxo lateral ao longo de canais litosféricos originados de uma pluma sob a bacia do Paraná, foram sugeridas como alternativas plausíveis. Neste trabalho, é investigada a presença de plumas do manto sob o escudo brasileiro através da espessura da zona de transição do manto superior com conversões P-para-S em funções do receptor. A zona de transição é delimitada por duas descontinuidades, nominalmente a 410 e 660 km de profundidade, que se originam a partir de transformação de fase no mineral olivina. A profundidade da transformação varia com a temperatura, de modo que as variações na espessura da zona de transição podem ser usadas como um "termómetro" das anomalia térmicas geradas, por exemplo, pela passagem de uma pluma do manto. Em particular, são investigadas duas regiões, a Província Borborema e a bacia do Paraná, onde a implantação de grandes experimentos de banda larga permitem o mapeamento detalhado da topografia da zona de transição. Os resultados mostram que a espessura da zona de transição é normal sob a Província Borborema, demonstrando que o mecanismo de pluma para o vulcanismo Cenozóico não se justifica; um afinamento local na zona de transição sob a bacia do Paraná, no entanto, é compatível com a presença de uma pluma mantélica, o que mantém a possibilidade do mecanismo de fluxo lateral para a origem do vulcanismo."


Atenciosamente,


Secretaria DGef


Notícia cadastrada em 13/10/2014 11:27  
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