ESOFAGITE EOSINOFÍLICA EM CRIANCAS
esofagite, eosinofílica, criança.
Objetivo - Apresentar 11 pacientes com esofagite eosinofílica, e discutir as características clínicas, diagnóstico, tratamento e evolução. Método- estudo descritivo com 11 pacientes pediátricos, selecionados após a revisão de 100 biópsias com contagem dos eosinófilos. Avaliaram-se as manifestações clínicas, a idade do início dos sintomas, o tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico histopatológico, achados endoscópicos e histológicos, tratamento e evolução. Resultados - Os pacientes tinham entre 3 e 17 anos (média de 7,8 ± 3,8) e 8 eram do sexo masculino. Os sintomas mais freqüentes foram dor abdominal, regurgitação, dificuldade de ganho ponderal, tosse, disfagia e vômitos. A média da idade no início dos sintomas foi de 4,3 anos ± 2,9. A média de tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico histopatológico foi de 3,5 anos ± 3,8. Os principais diagnósticos clínicos foram: alergia alimentar, doença do refluxo gastresofágico e gastrite. Os achados endoscópicos incluíram: mucosa normal; sinais de espessamento da mucosa com sulcos longitudinais; esofagite erosiva e exsudato puntiforme e esbranquiçado. Os exames histopatológicos revelaram que todos os pacientes apresentavam mais de 30 eosinófilos por campo. O tratamento incluiu o uso de corticosteróide tópico por 10 pacientes. Oito (73%) deles apresentaram desaparecimento dos sintomas. Dois pacientes realizaram controle histopatológico pós-tratamento com redução acentuada do número de eosinófilos. Conclusões - A esofagite eosinofílica deve ser considerada quando há sintomas de refluxo, que não respondem ao tratamento habitual. Seu conhecimento é necessário para o diagnóstico, tratamento e seguimento correto.