PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À DOR EM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM ACADEMIAS DE GINÁSTICA NA CIDADE DO SALVADOR-BA
Dor; Ginástica; Educação Física, Distúrbios osteo-articulares relacionados ao trabalho.
Os profissionais de Educação Física geralmente são expostos a excessivas cargas de trabalhos físicos que evoluem para o acometimento de sintomatologia dolorosa e distúrbios musculoesqueléticos oriundos do exercício laboral. Objetivo: Investigar a prevalência da sintomatologia dolorosa e fatores associados em professores de academia de ginástica. Métodos: Foi realizado um estudo analítico de corte transversal em 163 professores de ginástica atuantes nas principais academias da cidade de Salvador-Ba. Para avaliação da sintomatologia dolorosa foram usadas versões validadas para o português do protocolo McGill e do Inventário para dor de Wisconsin. Para obtenção dos resultados através da análise estatística dos dados coletados foi realizado uma análise descritiva, seguida dos testes T-Student e correlação de Pearson e Spearman para analisar as possíveis correlações existentes entre a presença de dor e as demais variáveis consideradas independentes. Para a identificação dos potenciais fatores de risco associados à sintomatologia dolorosa uma análise de regressão logística binária. O valor de p < 0,05 foi considerado para toda análise estatística. Resultados: Observaram-se níveis elevados de dor em 63,8% dos entrevistados, onde a intensidade variou de moderada à severa. A dor na região lombar esteve presente em 55,2% dos sujeitos. Foram verificadas correlações positivas entre o grau de intensidade da dor e as variáveis relacionadas com a carga da atividade laboral e da vida cotidiana dos professores em quase todas as articulações do corpo analisadas. Conclusões: Constatou-se uma elevada prevalência de dor nos professores de academias de ginásticas atuantes na cidade de Salvador-Ba interferindo em várias atividades da vida cotidiana e laboral. A região mais acometida foi a lombar, seguida dos joelhos, pescoço, ombros, tornozelos, mãos, quadris, pés, cotovelos e antebraços. Os fatores associados à sintomatologia dolorosa foram, a idade dos profissionais, a carga horária diária de trabalho laboral, e a falta de intervalo de repouso entre as aulas. A elevada prevalência de dor nos professores de educação física pode ser considerada como um grave problema de saúde ocupacional, o que demandaria a necessidade urgente de implantação de programas de intervenção preventiva voltados para minimizar o impacto da sintomatologia dolorosa entre estes profissionais.