Banca de DEFESA: HÉLIA DA SILVA ALVES CARDOSO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HÉLIA DA SILVA ALVES CARDOSO
DATA : 29/02/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório 3 - Instituto Agora
TÍTULO:

O UNIVERSO DE ORÏSHA: AS REPRESENTAÇÕES DA VIOLÊNCIA EM CHILDREN OF BLOOD AND BONE, DE TOMI ADEYEMI




PALAVRAS-CHAVES:

Autodefesa; Children of blood and bone; Representações da violência; Vidas enlutáveis.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Children of blood and bone (2018a) é uma ficção do gênero fantasia, ambientada na África Ocidental, mais especificamente na Nigéria, país das origens ancestrais da escritora afro-estadunidense, Tomi Adeyemi. A violência na obra se instaura a partir do massacre da população de maji, uma atrocidade que fica conhecida como, a Ofensiva. Esta dissertação tem como objetivo principal analisar as representações da violência na obra e como as simbologias representam os povos escravizados ao mesmo tempo em que resgatam a identidade afro no universo fantástico de Orïsha. Para tal, serão discutidas as seguintes questões: Como se dá a composição estética da obra e que elementos simbólicos são apresentados na construção do mundo fantástico de Orïsha; como são representadas as categorias de violências; de que forma a violência, como expressão máxima de poder, atua na destruição da cultura iorubá em Orïsha e como se forma a resistência em Children of blood and bone. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo, com embasamento teórico em Benjamin (2013) sobre como a violência surge e se instala, Butler (2021) que discorre a respeito da não violência como fator invocador da resistência para enfrentar o seu dominador e o direito ao luto, Dorlin (2020), no tocante à autodefesa como arma para defender as minorias majoritárias; Falola e Heaton (2008) que falam sobre a violência na Nigéria; Bakhtin (1998) Oliveira e Waechter (2021) para abordar a estética da obra, Chevalier e Gheerbrant (2022) para identificar os artefatos simbólicos presentes. Os personagens que representam os divinais sofrem violência física, psicológica e simbólica, são oprimidos tal qual os povos escravizados, sem direito à legítima defesa, ao luto, a nada. Desse modo, percebe-se que a obra é mais que uma ficção do gênero fantasia, é uma narrativa que em sua completude emerge indagações de cunho social. A violência sofrida pelos divinais provoca questionamentos relacionados ao racismo, intolerância religiosa pelas religiões de matriz africana, divisão de classe e relação de poder, comuns em uma sociedade desigual.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1803529 - REGINA SIMON DA SILVA
Interno - 1000286 - ORISON MARDEN BANDEIRA DE MELO JUNIOR
Externa à Instituição - NATHALIA OLIVEIRA DE BARROS CARVALHO
Notícia cadastrada em: 15/02/2024 09:39
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