Banca de DEFESA: HUDSON LIMA BEZERRA ROCHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HUDSON LIMA BEZERRA ROCHA
DATA : 29/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: on-line
TÍTULO:

ATRAVESSANDO A NOITE DO BRASIL. AS CANÇÕES DO CLUBE DA ESQUINA NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR


PALAVRAS-CHAVES:

Canção; Semiótica; Resistência; Travessia; Ditadura; Clube da Esquina


PÁGINAS: 182
RESUMO:

Clube da Esquina é como ficou reconhecido um agrupamento artístico entre Milton Nascimento e diversos parceiros que se apresentaram como uma das principais vias de resistência no contexto da ditadura militar brasileira. Em algumas ocasiões, entretanto, o discurso opositivo entre esses compositores e a ditadura é colocado em xeque, sobretudo em leituras que os inserem em uma disputa com o movimento tropicalista na busca por uma legitimidade de engajamento. O que há, na verdade, e que por vezes não foi bem compreendido ou estudado, é uma linguagem estética característica por parte dos compositores do clube, na qual ao mesmo tempo em que sua obra se revela como produto de um contexto histórico, também o transcende. Nosso trabalho consiste precisamente no esforço de compreensão mais concreta dessa poética diferenciada do Clube da Esquina, enquanto elaboração de um discurso politizado sob circunstâncias nas quais as canções de protesto eram censuradas. Para tanto, faz-se necessária uma análise mais focada na linguagem e no arranjo interno das narrativas presentes nas letras. Adotamos aqui, como corpus, seis canções que além de resumirem bem a poética do Clube da Esquina em suas variadas etapas criativas, também dialogam entre si. São elas: “Beco do Mota” (1969), “Clube da Esquina n°1” (1970), “Para Lennon e McCartney” (1970), “Trem de Doido” (1972), “O Que Foi Feito Devera” (1978) e “Sol de Primavera” (1979). No intuito de atender uma demanda da canção enquanto gênero particular, utilizamos como suporte teórico a perspectiva semiótica de Luiz Tatit (1997, 2001, 2002, 2007 e 2008). Ao final desse processo analítico, almejamos compreender e definir uma estética de resistência presente nas canções como uma espécie de travessia alegórica, desvelada muitas vezes nas letras através de uma transição entre o anoitecer e o amanhecer. Tal noção também pode ser tomada enquanto representação de todo um percurso artístico do Clube da Esquina, estendendo-se basicamente da instauração do golpe militar até os primeiros sinais de reabertura política, marcada historicamente pela Lei de Anistia Federal (1979).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1496892 - MARCIO VENICIO BARBOSA
Interno - 3546280 - SAMUEL ANDERSON DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 1149528 - MARCIO MORAES VALENCA - UFRNExterna à Instituição - ASTREIA SOARES BATISTA
Externo à Instituição - HUMBERTO JUNQUEIRA
Notícia cadastrada em: 17/08/2023 11:00
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