Banca de DEFESA: MARIA DA GRAÇA SILVEIRA GOMES DA COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DA GRAÇA SILVEIRA GOMES DA COSTA
DATA : 28/03/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Laboratório de Psicologia
TÍTULO:

Mulheres e agroecologia no Rio de Janeiro: construindo uma política feminista a partir das margens


PALAVRAS-CHAVES:

agricultura urbana; epistemologia feminista; agroecologia; direito a cidade.


PÁGINAS: 222
RESUMO:

O presente estudo tem como objetiva analisar o papel das mulheres na construção da feminismos e agroecologia. Para tanto, acompanhamos debates, encontros e mobilizações em torno da agenda feminista e agroecológica do movimento popular de mulheres da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Tomamos a epistemologia feminista como base teórico-metodológica em sua articulação no campo da Psicologia social na perspectiva das teorias pós-estruturalistas e das teorias pós-coloniais, buscando considerar os diversos atravessamentos e dinâmicas sociais que caracterizam esses contextos, ao olhar sobre os modos de subjetivação das agricultoras urbanas e das militantes dentro do movimento da agroecologia. Como ferramentas metodológicas, utilizamos a análise de documentos dos movimentos sociais e das políticas de fomento à agroecologia e à agricultura urbana, entrevistas com as mulheres integrantes do movimento e da observação participante de eventos, reuniões e do cotidiano das minhas interlocutoras. Os resultados apontam que os movimentos sociais vêm construindo narrativas baseadas na importância da construção dos feminismos e da agroecologia enquanto projetos de transformação social amplos, articulando gênero, classe e raça; as políticas e programas internacionais ligadas a ONU mobilizam um discurso institucional do empoderamento e igualdade que se refere aos feminismos liberais do aumento da produção como caminho para a “igualdade” entre gêneros. Essa concepção terá grande impacto no que se refere aos projetos e linhas de financiamento para agroecologia na América Latina. Os resultados também mostram que diante do cenário de crise, militarização e precarização do Estado, as mulheres constroem uma política feminista e popular desde às margens a partir dos conceitos de corpo-território e feminismo periférico. Essas estratégias ressignificam lugares subalternizados de poder e apontam para outras formas de fazer política, produzir conhecimento e ocupar as cidades. Com isso vemos que a agroecologia se compõem em um plano de saber-poder que, se de um lado pode ser capturada por discursos que tentam minar potencial insurgente, de contrapoderes, por outro lado, com as dobras que vêm sendo construídos, especialmente pelas mulheres, os territórios, em uma ação rizomática na tessitura em rede com outras lutas e paisagens de resistência, a exemplo da questão da segurança alimentar, do feminismo e do direito à cidade cm a luta contra os processos de gentrificação urbana e especulação immobiliária, coloca o movimento de agroecologia urbana como um importante vetor de subjetivação política em meio aos movimentos sociais da cidade e do campo. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1149569 - ELISETE SCHWADE
Externo à Instituição - JOAO PAULO SALES MACEDO - UFPI
Presidente - 1293170 - MAGDA DINIZ BEZERRA DIMENSTEIN
Externo à Instituição - MARIA JURACY TONELI - UFSC
Interna - 1196207 - RAQUEL FARIAS DINIZ
Notícia cadastrada em: 07/03/2019 10:20
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