Análise dos Extremos de Precipitação e sua Relação com Riscos à Saúde no Semiárido do Brasil.
Vulnerabilidade Climática; Chuva Extrema; Doenças clima-
dependentes.
O excesso de precipitação pode desencadear uma série de adversidades na
sociedade, acarretando problemas provenientes de extremos climáticos relacionados
à saúde humana. Mudanças ocasionadas devido a ocorrência dos extremos de
precipitação podem gerar aumento à vulnerabilidade social, de acordo ao limite onde
alguém ou sistema pode ser afetado, pessoas com menos recursos se adaptam
menos e são mais vulneráveis. Atualmente, essa temática está sob intensa
investigação por parte de equipes de pesquisa climática. É importante analisar a
relação entre o clima e a população atingida com as precipitações extremas que
geram muitos danos, devido ao fato do clima poder favorecer a criação de ambientes
propícios à proliferação ou agravamento de doenças de variadas origens. Este
estudo tem como objetivo analisar os extremos de precipitação que representam
riscos para a saúde da população residente no Semiárido do Brasil. A análise busca
identificar padrões espaciais de doenças do trato respiratório, infecciosas e do
aparelho circulatório, correlacionando-os com áreas de precipitação homogênea.
Serão utilizados dados meteorológicos de Redes Pluviométricas de chuva diária
assim como dados provenientes do satélites meteorológico IMERG V06 do período
de 2000 a 2020. Estes dados serão subsequentemente confrontados com
informações de saúde. Será realizada comparação do IMERG com alguns
pluviométricos localizados na região, com o intuito de validar os dados de satélite,
para ter uma maior cobertura de dados sobre o Semiárido do Brasil. A validação se
dará mediante a utilização dos doze índices de extremos climáticos do ECCTDI, que
empregam os registros de precipitação para criar índices capazes de apontar
maiores vulnerabilidades conforme subdivisões pluviométricas.