Banca de QUALIFICAÇÃO: ALINE DO VALE FIGUEIREDO BARBOSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE DO VALE FIGUEIREDO BARBOSA
DATA : 29/08/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Lab. de Informática, 1o Andar no prédio Núcleo de Estudos do Sistema Climático
TÍTULO:

O PAPEL DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NA MITIGAÇÃO DOS EFEITOS DA SECA E DA MUDANÇA CLIMÁTICA NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

gestão dos recursos hídricos; seca hidrológica; SWAT


PÁGINAS: 40
RESUMO:

A água, considerada como o mais essencial dos recursos naturais, está presente nas funções vitais do homem e no exercício de suas inúmeras atividades diárias através da existência e manutenção dos processos ecológicos e socioeconômicos. Diferentemente das águas superficiais, as reservas subterrâneas não se evidenciam facilmente aos olhos, mas são indispensáveis para a segurança hídrica global já que detém 97% das águas doces e líquidas do planeta. O aumento constante da demanda, somado com a variabilidade espacial e temporal dos recursos hídricos, torna sua disponibilidade cada vez mais valiosa e necessitada de uma gestão intensa e eficaz. Assim, este trabalho tem como objetivo analisar o papel da água subterrânea na mitigação dos efeitos da seca e da mudança climática no semiárido brasileiro. A área de estudo é a bacia hidrográfica do Rio Parnaíba, que abrange os estados do Piauí (75,73%), do Maranhão (19,02%) e do Ceará (4,35%).  Neste sentido, este estudo pretende: (1) analisar a contribuição da água subterrânea na manutenção da disponibilidade hídrica e a sua tendência temporal a fim de compreender prováveis alterações nos seus padrões de longo período (2) avaliar os padrões das águas subterrâneas em cenários de mudanças climáticas, com uso de modelagem hidrológica, dando ênfase na mitigação dos efeitos desta nas situações de seca (3) analisar o fornecimento de água atual, a gestão de recursos hídricos subterrâneos e a adaptação à variabilidade e mudança climáticas, por meio de indicadores de escassez e vulnerabilidade hídrica.  Inicialmente, realizaram-se as primeiras etapas que envolvem a modelagem hidrológica, a ser utilizada na análise que envolverá as mudanças climáticas, bem como avaliou-se o regime de vazões desde a região de nascentes até a foz da bacia do rio Parnaíba. Estimou-se a vazão de origem subterrânea (vazão de base) com uso de filtros físico-matemáticos, que separam o escoamento superficial e subterrâneo, bem como, por meio de testes estatísticos, a análise de tendência destas. Os resultados mostram que a contribuição do escoamento subterrâneo na vazão do rio Parnaíba é de no mínimo 70% da vazão total, o que destaca a importância das águas subterrâneas nessa bacia hidrográfica e os estados fronteiriços dela. Notou-se também uma tendência de queda acentuada ao longo dos anos na vazão total e vazão de base nas cinco seções do rio Parnaíba (da cabeceira a foz) avaliadas. A perda de vazão anual chegou a 5,84 m3/s/ano para a vazão total e 4,64 m3/s/ano para a vazão de base, valores expressivos em uma bacia de grande escala e importância para a região Nordeste. Portanto, há uma necessidade de investigação dos processos hidrológicos, disponibilidade dos recursos hídricos e as causas de suas perdas para o seu planejamento e gestão eficientes no futuro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2411669 - JONATHAN MOTA DA SILVA
Interno - 1858120 - DAVID MENDES
Interno - ***.400.082-** - GABRIEL BRITO COSTA - UFOPA
Externa ao Programa - 1674419 - VERA LUCIA LOPES DE CASTRO - UFRNExterna à Instituição - KARINNE REIS DEUSDARA LEAL - UNIFEI
Notícia cadastrada em: 21/08/2023 10:49
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