Banca de DEFESA: FABIANE ROCHA BOTARELI

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIANE ROCHA BOTARELI
DATA : 12/12/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem da UFRN
TÍTULO:

VALIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM RISCO DE OLHO SECO EM PACIENTES  ADULTOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA


PALAVRAS-CHAVES:

Enfermagem, Processos de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Estudos de Validação, Síndromes do Olho Seco, Unidades de Terapia Intensiva.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Objetivou-se validar o diagnóstico de enfermagem Risco de olho seco em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. Trata de um estudo metodológico desenvolvido em duas etapas de validação de diagnósticos de enfermagem segundo Lopes, Silva e Araújo (2012): construção das definições constitutivas e operacionais dos fatores de risco do olho seco e validação clínica do diagnóstico de enfermagem Risco do olho seco. Para a primeira etapa utilizou-se o modelo de Walker e Avant (2011) operacionalizada através de revisão integrativa segundo Whittemore e Knalf (2005), por meio de busca manual e reversa das referências da Análise de conceito sobre olho seco de Fernandes (2015) e da taxonomia da NANDA-I para o diagnóstico em questão. A primeira etapa resultou nas definições constitutivas e operacionais de 15 fatores de risco para o olho seco e subsidiou a etapa de validação clínica. Esta segunda etapa foi realizada na UTI do Hospital Universitário Onofre Lopes operacionalizada por meio um estudo de coorte prospectiva com os seguintes passos: 1. Realização de treinamento da equipe de coleta dados e dos enfermeiros diagnosticadores; 2. Estudo-piloto com 30 pacientes; 3. Coleta de dados; 4. Inferência dos diagnosticadores. Definiu-se a amostra com tempo de coleta de 7 meses que ao final foi composta por 70 pacientes. Os critérios de inclusão foram: idade maior ou igual de 18 anos, sem ressecamento ocular na admissão na UTI, tempo de internamento maior que 24 horas. Critérios de exclusão: menores de 18 anos, doenças da superfície ocular, tratamento ocular tópico. O instrumento de coleta de dados constou de dados sociodemográficos e clínicos; fatores de risco para o diagnóstico em questão; avaliação ocular, neurológica, hemodinâmica, respiratória, hidroeletrolítica; dados laboratoriais; medicamentos em uso e resultado do teste de Schirmer. A avaliação aconteceu diariamente e com tempo de seguimento de até cinco dias. O desfecho de olho seco foi estabelecido por critérios clínicos e teste de Schirmer menor que 10 mm.  A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob parecer 918.510 e CAAE: 36079814.6.0000.5537 em concordância com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, e nela foram observados e respeitados os preceitos bioéticos regidos por este ditame. Os dados descritivos foram analisados por meio de frequências simples, média, mediana e desvio padrão. As medidas de associação entre as variáveis de desfecho e preditoras foram calculadas pelo teste qui-quadrado e teste exato de Fisher. Para as variáveis quantitativas, utilizou-se o teste t-Student para amostras simétricas e o teste Wilcoxon-Mann-Whitney. A simetria da amostra foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. O nível de significância adotado foi de 5%. A relação entre exposição e desfecho foi obtida pelo Risco Relativo. Os cálculos foram realizados pelo software SPSS (Statistic Package for Social Sciences) versão 22.0. Os resultados demonstraram que os fatores de risco fortemente associados ao olho seco em pacientes internados na UTI são: lagoftalmia, ventilação mecânica com PEEP elevada, quemose, alteração do reflexo de piscar e uso de medicamentos sistêmicos. Além disso, os critérios definidos para o desfecho (hiperemia conjuntival, teste de Schirmer menor que 10 mm e secreção mucosa) apresentaram significância estatística para o ressecamento ocular. Portanto, acredita-se que este estudo é inovador para o avanço do conhecimento na temática e para o aperfeiçoamento e validação do uso da taxonomia da NANDA-I por enfermeiros que atuam neste cenário, com vistas a proporcionar subsídio para avaliação ocular precisa, acurácia na inferência do diagnóstico em questão, predição de risco como adoção de medidas de prevenção e monitoramento de complicações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1552864 - ALLYNE FORTES VITOR
Externo à Instituição - ANA RAILKA DE SOUZA OLIVEIRA KUMAKURA - UNICAMP
Interno - 1352508 - MARCOS ANTONIO FERREIRA JUNIOR
Externo à Instituição - ROSIMERE FERREIRA SANTANA - UFF
Interno - 1220598 - VIVIANE EUZEBIA PEREIRA SANTOS
Notícia cadastrada em: 14/11/2016 16:05
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