MÃE SELVAGEM: TRAMAS ENTRE O MITO DE LILITH E O MITO DA GRANDE MÃE, NUMA CENA FEMINISTA
Lilith; A Grande Mãe; Mitodologia em arte; Mãe Selvagem; Processo de criação.
Parto do entrecruzamento do Mito de Lilith e do Mito da Grande Mãe, narrativas que juntas desenham a minha mitologia pessoal (FEINSTEIN; KRIPPNER,1992). F(r)icciono (LYRA, 2011ab, 2014, 2015, 2019, 2021) essas mitologias numa proposição cênica, gerando questionamentos acerca de como as mulheres vêm sendo contadas historicamente. Proponho reflexões a partir do movimento feminista, que tem provocado transformações na (re)existência de nós mulheres e se feito presente de forma ativa nas mais diversas áreas da sociedade, inclusive nas artes. Fecundo a minha pesquisa na Mitodologia em Arte (2011), um caminho de criação artística, cunhado pela professora Luciana Lyra, fazendo emergir descobertas sobre mim mesma na relação com o meio Artetnografado (LYRA, 2011), a partir das minhas próprias experiências, num desvelar de acontecimentos que, durante o processo de criação cênica, vamos dando significado ou ressignificando. E assim, como resultado da trama dos dois mitos, do processo criativo nasce a Mãe Selvagem, uma parição artística, política e subversiva.