GORETE DO CACETE E A CRIAÇÃO DA CENA ARTÍSTICA: AS GIRAS E O CORPO BRINCANTE NO CHÃO BATIDO SERTANEJO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Cena artística, Brincante, Cultura, Ancestralidade, Sertão, Mestras, Sabenças, Afro-pindorâmica
Gorete surge como sujeita de pesquisa durante a especialização em Dramaturgias do Corpo Expandido
e dos Saberes Populares/UFSB, por meio dos aspectos culturais, da oralidade, da sabedoria das mais
velhas, da vivência prática como modo de criação, do sopro que alimenta as terras que pariram
memórias. É que Gorete se cria, adentra as perspectivas de espaço e tempo do sertão do Seridó, que é
seu berço, e as manifestações pindorâmicas e afro-pindorâmicas (SANTOS, 2019) do chão batido
sertanejo, saravando a existência das Mestras e Mestres, que estão na luta da circulação e manutenção
da cultura na terra encarando e vivenciando diferentes formas de preconceitos e silenciamentos. Diante
desse trânsito de ciclos de sabenças apresenta-se também aspectos das dimensões estéticas: cena,
personagens/figuras, figurinos, instrumentos, pontos cantados, danças e pinturas, resultando nessa
dissertação pintada, dançada, cantada e sustentada na base do cacete.