Banca de QUALIFICAÇÃO: IAGO DE SOUZA GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IAGO DE SOUZA GOMES
DATA : 02/06/2023
HORA: 13:30
LOCAL: Link de acesso para videoconferência: https://meet.google.com/bse-qhhq-gpg
TÍTULO:
ESTUDO IN VIVO DE BIOMOLÉCULAS ASSOCIADAS AO DANO GLOMERULAR NA DOENÇA RENAL DIABÉTICA

PALAVRAS-CHAVES:
Doença Renal Diabética; Vesículas Extracelulares Urinárias; WT1, Nefrina e Podocina.

PÁGINAS: 50
RESUMO:
A Doença Renal Diabética (DRD) é uma das complicações decorrentes do
Diabetes mellitus (DM), e apesar dos avanços no conhecimento de sua
patogênese o mecanismo que a hiperglicemia crônica conduz à lesão renal não
está totalmente elucidado. A perda de podócitos do glomérulo renal é um evento
precoce no desenvolvimento da DRD e envolve proteínas e fatores na
manutenção da integridade da fenda de filtração glomerular como nefrina,
podocina e WT1. Assim, o presente estudo objetivou avaliar a expressão dos
RNAm da NPHS1 (nefrina), NPHS2 (podocina) e WT1 (Tumor de Willms 1, do
inglês, Willms’ Tumor 1) no córtex renal, e a expressão das respectivas proteínas
nas vesículas extracelulares urinárias (VEUs). Vinte e três ratos Wistar machos
foram distribuídos em 3 grupos e acompanhados por 60 dias: controle (C),
diabéticos induzidos por estreptozotocina (D) e diabéticos induzidos por
estreptozotocina e tratados com insulina (DT). Parâmetros bioquímicos séricos
(glicose, ureia, creatinina, proteínas totais e albumina) e urinários (relação
albumina-creatinina urinária (RAC)) foram avaliados. A expressão do RNAm de
NPHS1, NPHS2 e WT1 por RT-qPCR e a expressão das proteínas por Western
blot foram realizadas em amostras de tecido do córtex renal.
Após o período de 60 dias, os resultados para os parâmetros bioquímicos
revelaram que a insulina promoveu o controle glicêmico, com uma redução
significativa da glicemia (p < 0,001). Para o perfil renal destaca-se a redução
significativa da RAC para o grupo tratado com insulina em relação ao grupo
diabético (p= 0,036), embora com valores ainda aumentados de forma
significativa em relação ao grupo controle (p = 0,034). Para a expressão de RNAm
(NPHS1, NPHS2 e WT1) e de proteínas (Nefrina, Podocina e WT1), no tecido
renal e nas VEUs, os resultados mostram para o grupo diabético, um aumento
significativo da expressão do RNAm no tecido renal para NPHS1, NPHS2 e WT1
(valores de p= 0,001, para todos os grupos), bem como uma diminuição da
expressão das proteínas nefrina, podocina e WT1 no tecido renal (p = 0,021,
0,006 e 0,004, respectivamente) e um aumento na expressão das proteínas nas
Vesículas urinárias (p=0,034, 0,014 e 0,004, respectivamente). Para o grupo
diabético tratado com insulina observa-se para o tecido renal um aumento
significativo na expressão de RNAm para NPHS1, NPHS2 e WT1 em relação ao grupo controle, embora cerca de 2x, 4x e 12x menores, respectivamente, quando
comparados ao do grupo diabético não tratado em relação ao grupo controle. Em
relação a expressão das proteínas nefrina, podocina e WT1 houve uma redução
significativa no tecido renal (valores de p = 0,021, 0,006 e 0,004, respectivamente)
para o grupo diabético quando comparado ao grupo controle, mas cerca de 4x, 2x
e 4x menores, respectivamente, para o grupo tratado com insulina quando
comparados ao do grupo diabético não tratado em relação ao grupo controle. Já
para as vesículas urinárias observou-se um aumento significativo na expressão
das proteínas nefrina, podocina e WT1 para o grupo diabético (valores de
p=0,034, 0,014 e 0,004, respectivamente), mas que para o grupo diabético tratado
com insulina o aumento da expressão foi cerca de 3x, 2x e 3x menores daqueles
observados para o grupo diabético em relação ao grupo controle. Estes
resultados sugerem que o estado de hiperglicemia característico do diabetes leva
a um mecanismo compensatório com regulação positiva da expressão do RNAm
dos genes NPHS1, NPHS2 e WT1 no tecido renal para manter a integridade
tecidual, mas que não se mostra suficiente frente a importante redução na
expressão das respectivas proteínas no tecido renal e aumento da perda das
mesmas nas VEUs, sinalizando o desenvolvimento da doença renal diabética.
Entretanto, o tratamento com insulina revelou que com o melhor controle
glicêmico a alteração renal embora presente mostra-se mais branda. Ainda, é
importante destacar a representação das proteínas teciduais e/ou urinárias,
nefrina, podocina e WT1, como possíveis marcadores específicos e sensíveis na
identificação dos diferentes estágios de desenvolvimento da DRC.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1667882 - BENTO JOAO DA GRACA AZEVEDO ABREU - nullPresidente - 1801992 - PAULA RENATA LIMA MACHADO
Externa à Instituição - RENATA CAROLINE COSTA DE FREITAS - HMS
Notícia cadastrada em: 17/05/2023 13:55
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