Do Ciberativismo ao processo de polarização político-social no Brasil (2014 -2024): o fenômeno das fakenews
Ciberativismo. Discurso de ódio. Fakenews. Polarização. Netnografia.
A pesquisa procura compreender como age o ciberativismo brasileiro em face da indústria do ódio através da propagação de fakenews; bem como analisa o estratagema político-social destes grupos e organizações em detrimento à polarização política brasileira percebendo-se ainda uma estratégia de alavancagem de personagens políticos representativos na esfera legislativa. Assim, visa construir um retrato histórico-sociológico do processo de transição situacional da agenda política pública respaldado pela adoção de práticas da manipulação de massas pela indústria do ódio como manobra política. O estudo buscará responder como se deu a transição de percepção da sociedade que normaliza a postura anticientífica como modus operandi utilizando preceitos negacionistas e religiosos como cerne ideológico da nova sociedade dogmática e antirracional, além da utilização de práticas de biopoder (CARNEIRO, 2005) como cerne das políticas de exclusão, coação, dominação e controle. A pesquisa se fundamentará em análises midiáticas de dois dos principais canais do Youtube, respectivamente: Canal Mamãe Falei (CMF) e o Canal Movimento Brasil Livre (MBL). A metodologia parte da perspectiva netnográfica (KOZINETS, 2014) que traça um perfil destes grupos e organizações através da análise semiótico-discursiva dos canais do Youtube; estabelecendo uma relação sociológica destas afirmativas utilizadas por tais canais e da análise do discurso de seus vídeos, podcasts e streames, além de fatos documentais, de livros, pesquisas bibliográficas, registros históricos, de jornais e dentre outras formas de análise válida. A pesquisa segue na problematização dos acontecimentos contemporâneos, visando uma melhor compreensão do atual cenário sociocultural e das políticas decorrentes da onda pós fascista que vem ocorrendo na sociedade contemporânea a nível global.