No mundo hodierno, há uma crescente preocupação com os problemas desencadeados pelas mudanças climáticas. O aquecimento global tem promovido consequências negativas em toda a superfície do globo terrestre, onde nesse contexto estudos apontam para o dióxido de carbono (CO2) como o principal responsável pela problemática supradita. A matriz energética ancorada nos combustíveis fósseis tem acarretado elevação sem precedentes nos níveis de CO2 na atmosfera. Em face disso, as tecnologias de captura e armazenamento de CO2  (CCS) têm despontado com a promessa de mitigar, a curto prazo, os níveis de CO2 acumulados no ar. A absorção tem sido a técnica mais empregada para capturar o CO2 em processos de combustão, em que os líquidos absorventes consagrados são as alcanolaminas, como MEA (metiletanolamina) e MDEA (dimetiletanolamina). Embora essas substâncias promovam a rápida absorção do CO2, a toxicidade, a instabilidade térmica, entre outros problemas operacionais, têm direcionado pesquisas em busca de novos líquidos absorventes mais sustentáveis. Uma vez que o CO2 foi absorvido na água, forma-se o ácido carbônico, que se dissocia formando carbonato (CO3 2-), o qual reage com íons cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+) formando sais estáveis de carbonato de cálcio e carbonato de magnésio. Nesse contexto, a água produzida é um resíduo petrolífero que emerge como potencial líquido absorvente, pois contêm substâncias apolares dispersas e uma diversidade de metais, que podem favorecer a captura de CO2. Além disso, algumas pesquisas têm assinalado a importância dos tensoativos na captura de CO2, pois podem reduzir a tensão interfacial entre o gás e o líquido, aumentando a estabilidade do sistema. Os tensoativos não iônicos aminados não têm sido, até agora, explorados na captura de CO2, a despeito de possuírem o grupo amina, base forte capturadora de CO2. Diante disso, esta proposta traz o desenvolvimento de formulações à base de água produzida e tensoativo aminado para captura e aprisionamento de CO2.