Banca de DEFESA: FRANCISCO BRUNO FERREIRA DE FREITAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCO BRUNO FERREIRA DE FREITAS
DATA : 01/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Via Google Meet
TÍTULO:

Biodegradação de 2-metilnaftaleno e fenantreno por Pseudomonas aeruginosa AP029-GLVIIA em microcosmos na presença de dispersante industria


PALAVRAS-CHAVES:

Biodegradação, fenantreno, 2-metil-naftaleno, Pseudomonas aeruginosa, biossurfactantes


PÁGINAS: 75
RESUMO:

O petróleo se destaca como um dos percursores para a produção de materiais, combustíveis e até medicamentos. Sabendo dessa grande importância, processos de extração e refino são frequentes e devido a essa grande exploração, acidentes podem acontecer causando derramamentos em solos e oceanos. Por apresentar alta carcinogenicidade e aspectos mutagênicos, a presença de alguns hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), presentes na composição do petróleo, representam riscos para humanos e animais selvagens. Assim, no sentido de mitigar os problemas ambientais causados pelos HPAs em caso de derramamento, o uso de microrganismos para a biodegradação tem sido visto como potencial solução. Um fator que dificulta a decomposição microbiológica dos HPAs, é a hidrofobicidade das moléculas, com isso a indústria investe no desenvolvimento de dispersantes que reduzem a tensão superficial na interface hidrocarboneto/água. Nesse contexto, a literatura vem demonstrando as vantagens dos biossurfactantes (surfactantes de origem biológica) em relação aos surfactantes da indústria química. O presente estudo tem como objetivo principal avaliar a capacidade de biodegradação de 2-Metilnaftaleno e Fenantreno (hidrocarbonetos modelos) por Pseudomonas aeruginosa AP029-GLVIIA na presença de biossurfactante industrial usando cultivos em microcosmos. O biossurfactante foi cedido por uma indústria química, sendo o mesmo caracterizado em termos de tensão superficial e índice de emulsificação (E%). Ensaios de biodegradação foram realizados variando-se a concentração dos hidrocarbonetos e do biossurfactante, durante 10 dias, monitorando-se o pH, crescimento bacteriano e a taxa de biodegradação, sendo também avaliado a degradação da mistura dos hidrocarbonetos. Os resultados demonstram que o biossurfactante industrial apresentou resultados de índice de emulsificação satisfatórios para o tolueno e óleo lubrificante, apresentando valores acima de 40 % para concentrações de NaCl adicionadas e em pequenas concentrações de biossurfactante, apresentando esses valores após 240 horas de cultivo. O biossurfactante além de agir como um dispersante, diminuindo a tensão superficial da interface hidrocarboneto/água, atuou como uma fonte de carbono para o crescimento para a Pseudomonas aeruginosa AP029-GLVIIA, favorecendo assim o seu maior crescimento. A bactéria foi capaz de degradar o fenantreno e o 2-MN, obtendo valores de degradação de até 61,43 %, e 100% respectivamente, dentro das mesmas condições, no experimento que apresentava a concentração de 17,69 g/L de biossurfactante. Observou-se também que o biossurfactante melhorou a taxa de biodegradação, sendo para o fenantreno a única variável que apresentou influência significativa na resposta estudada, enquanto para o 2- MN o modelo apresentou todas as variáveis e suas interações como significativamente ao modelo proposto. Além disso, o modelo desenvolvido a partir dos resultados da análise estatística conseguiu explicar 92,31% dos dados apresentados para a degradação do fenantreno e cerca de 97,30% para a biodegradação do 2-MN. A mistura dos dois hidrocarbonetos modelos estudados, apresentou taxa de degradação de 6,41% e 100% para o fenantreno e o 2-MN respectivamente.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1346198 - EVERALDO SILVINO DOS SANTOS
Interno - 3304882 - CARLOS EDUARDO DE ARAÚJO PADILHA
Interna - 3214434 - NATHALIA SARAIVA RIOS
Externa à Instituição - EMILIANNY RAFAELY BATISTA MAGALHAES
Notícia cadastrada em: 15/02/2024 15:18
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