Banca de QUALIFICAÇÃO: BEATRIZ MENEGHETTI COSTA DE ARAÚJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BEATRIZ MENEGHETTI COSTA DE ARAÚJO
DATA : 10/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Via Google Meet
TÍTULO:

VALORIZAÇÃO DA FIBRA DE COCO VERDE PARA PRODUÇÃO DE LIGNOSULFONATO E ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

biomassa lignocelulósica, lignosulfonato, coco verde, lignina, etanol


PÁGINAS: 62
RESUMO:

Os danos ambientais causados pelo uso de derivados de petróleo e outros combustíveis fósseis aumentaram a demanda mundial por fontes de energia renováveis. Uma vez que a produção de etanol de primeira geração traz à tona uma preocupação com a crise mundial dos alimentos, associado à alta taxa de resíduos agroindustrais gerada no Brasil, a indústria do etanol de segunda geração tem ganhado significância. O cultivo do coco verde é está presente em diversos estados do Brasil. Entretanto, apesar da variedade de produtos oriundos do coco, aproximadamente 80-85% se torna resíduo, mas que apresenta um grande potencial de utilização como biomassa lignocelulósica, sendo composta principalmente de celulose, hemicelulose e lignina. Ao ser pré-tratada para remover a lignina (deslignificar) da matriz celulósica, a biomassa tem sua recalcitrância reduzida, permitindo assim o acesso das enzimas celulolíticas aos polissacarídeos de interesse que serão convertidos em açúcares fermentescíveis, no caso da celulose, para que a Saccharomyces cerevisiae produza o etanol de interesse industrial. Destaca-se que a remoção de lignina não é total, essa lignina residual pode causar a  adsorção não-produtiva das enzimas utilizadas na hidrólise, reduzindo seu acesso aos polissacarídeos, e diminuindo a conversão celulósica em açúcares. Dessa forma, a utilização de surfactantes, entre eles o lignosulfonato, um precursor da lignina, poderia reduzir essa adsorção improdutiva, aumentar a atividade enzimática, promover uma estabilidade conformacional e estabilizar as forças eletrostáticas de repulsão entre a enzima e a lignina, ao ocupar os sítios de interação da lignina da biomassa. Nesse contexto, o presente estudo propõe a produção de lignosulfonato, reaproveitando a lignina extraída após o pré-tratamento com ácido sulfúrico 1% (v/v), pelo processo de sulfometilação. Esse surfactante será adicionado na hidrólise enzimática de biomassas advindas do pré-tratamento por explosão a vapor, alcalino (NaOH 2% (m/v)) e combinado (explosão a vapor + alcalino), seguido de fermentações alcóolicas a fim de se avaliar o rendimento de etanol ao fim do processo. As biomassas serão caracterizadas, antes e após os pré-tratamentos, por Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier- FTIR, Microscopia Eletrônica de Varredura – MEV e análise termogravimétrica, além de se quantificar os teores de extraíveis, cinzas, lignina insolúvel, polissacarídeos (celulose e hemicelulose) e umidade. O lignosulfonato produzido será analisado por DLS (Dynamic Light Scattering) bem como se avaliará sua capacidade de adsorção e dessorção.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1346198 - EVERALDO SILVINO DOS SANTOS
Interno - 3304882 - CARLOS EDUARDO DE ARAÚJO PADILHA
Interna - 3214434 - NATHALIA SARAIVA RIOS
Notícia cadastrada em: 27/02/2023 15:41
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