Movimento hip hop, poéticas do rap engajado e juventudes nas periferias urbanas: micropolíticas, inventividades e resistências
Juventudes "periféricas". Movimento hip hop. Rap engajado. Micropolítica. Inventividades. Resistência.
A pesquisa que se situa nos estudos sobre o movimento hip hop nacional e juventude na sua “periferia”. O movimento hip hop é uma manifestação juvenil de caráter global que vem ganhando, nos últimos trinta anos, destaque na realidade brasileira. Importante salientar a existência de inúmeros coletivos de hip hop que mantém a universalidade do movimento, no sentido da denúncia e crítica social, incorporando expressões locais, como por exemplo, elementos da cultura popular local, como o maracatu do Nordeste brasileiro.
Estuda a poética do rap engajado, enquanto expressões de resistências e inventividades (TAKEUTI, 2009) produzidas por grupos e/ou coletivos juvenis periféricos pertencentes ao movimento hip hop, tendo grupo focal e local o Grupo Lelo Melodia da Posse de Hip Hop dos Guarapes – Natal/RN.
Em termos metodológicos, analisará a construção da poética do rap engajado, quer seja, as produções de inventividades nas narrativas das letras de rap de grupos e/ou coletivos de hip hop que se articulam para além de eventos culturais, e realizam ações, projetos, participam de lutas, eventos, seminários, mobilizam coletivos e sua comunidade para questões de teor social.
A pesquisa busca compreender a poética do rap engajado, como escrita de si e do grupo, narrativas – implicações do sujeito com o seu vivido –, nas quais os jovens do hip hop expressam a produção de inventividades e resistências (TAKEUTI, 2009), em um movimento micropolítico (DELEUZE-GUATTARI, 1996) diante da sua realidade de desigualdade social.