Investigação da capacidade de autorreparo de agente termoplástico em compósito carbono-epóxi
Compósitos; carbono-epóxi; prepreg; autorreparo; agente termoplastico
Compósitos de matriz polimérica (PMCs) viveram nos últimos anos um crescimento exponencial em aplicações de alto desempenho devido a propriedades como alta rigidez, resistência mecânica e baixo peso. Durante o serviço, PMCs estão suscetíveis a danos mecânicos e exposição ambiental, levando a alterações muitas vezes irreversíveis e o consequente descarte da peça. O reparo de peças dessa natureza é um processo de alto custo e longo, por essa razão surgem estudos alternativos que visam o aumento da vida útil de PMCs. Materiais autorreparáveis são materiais capazes de recuperar trincas microscópicas presentes no material antes de uma falha catastrófica. O objetivo deste estudo é investigar a adição de poli (etileno co ácido-acrílico) (EAA) como possível agente de reparo em compósitos de carbono/epóxi, com dano introduzido por resistência ao cisalhamento interlaminar (ILSS). O termoplástico foi inserido no plano médio dos laminados fabricados a partir de pré-impregnados de carbono/epóxi. Placas com 10% em peso de pó de EAA e sem o termoplástico foram comparadas. Análise Termogravimétrica (TGA) e Calorimetria de Varredura Diferencial (DSC) foram empregados para avaliar as propriedades térmicas do termoplástico, assim como resistência ao cisalhamento interlaminar (ILSS), análise mecânica dinâmica (DMA), espectroscopia de infravermelho de transformada de Fourier (FTIR), e microscopia eletrônica de varredura foram empregados para investigar a capacidade de reparo do compósito antes e após ciclo de reparo. O compósito modificado com agente termoplástico apresentou recuperação de resistência ao cisalhamento interlaminar 9% superior à recuperação do compósito puro. Imagens de MEV evidenciaram boa adesão do termoplástico à resina epóxi, possível plastificação do plano central das amostras e os diferentes mecanismos de reparo atuantes no sistema. Espectros de FTIR foram utilizados para identificar possíveis interações entre termoplástico e resina epóxi. Resultados de DMA mostraram alterações pouco significativas na temperatura de transição vítrea (Tg) e na rigidez do compósito com a adição do material termoplástico.