Banca de DEFESA: SONIA REGINA SOARES DA CUNHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SONIA REGINA SOARES DA CUNHA
DATA: 27/02/2012
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório C do CCHLA
TÍTULO:

A mídia dos outros somos nós: a experiência audiovisual do Ponto de Cultura Cinema para Todos


PALAVRAS-CHAVES:

Comunicação. Cultura. Mediação. Cinema. Vídeo Auto Etnográfico. Ponto de Cultura.


PÁGINAS: 116
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Comunicação
RESUMO:

Esta pesquisa tem como objetivo identificar o processo de apropriação do recurso audiovisual (vídeo digital) para a produção coletiva simbólica (prática videográfica participativa que expressa a cultura popular) num contexto sociocultural onde estão as minorias. Para tanto, baseamos este estudo na experiência dos integrantes das oficinas de formação em cinema e vídeo ministradas pelo Ponto de Cultura Cinema para Todos, em Natal, RN. Ponto de Cultura (PC) é o projeto estruturante do “Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – Cultura Viva” do Ministério da Cultura (MinC). Em 2010, o PC Cinema para Todos desenvolveu três oficinas de cinema e vídeo nos municípios norte-rio-grandenses de Açu, Lajes e São Gonçalo do Amarante, dentro de um projeto de política pública de inclusão sociocultural. Estas três oficinas compõem o recorte empírico desta investigação. Para fundamentar a análise deste estudo investigativo consideramos que os espaços das oficinas de cinema e vídeo digital são locais de práticas sociais embrionárias, pressupondo-se que sejam reveladores do desenvolvimento das modificações das ações que geram novas práticas. Nesse contexto sociocultural os agentes comunitários assumem o papel de interlocutores e processam as mediações comunicativas da cultura onde as lógicas de produção passam da ação (uso do vídeo digital) para a prática cultural midiática (vídeo auto etnográfico). A estratégia metodológica de estudo de caso foi considerada adequada para a observação do objeto, por se tratar de um fenômeno da contemporaneidade, estar inserido em um contexto da vida real e proporcionar pouco ou nenhum controle sobre os eventos. A observação participante e a entrevista também se aliaram ao estudo de caso. Contribuíram para o suporte teórico analítico desta investigação a noção de mediação formulada por Jesús Martín-Barbero e o conceito de habitus de Pierre Bourdieu. Durante a escrita dos dados coletados busco traçar um breve paralelo com a evolução da prática social cinema, da perda da ‘aura’ com a fotografia, até a hibridação da prática cinema e vídeo com o advento da tecnologia digital. Foi possível identificar que a nova forma de comunicar reflete a mudança tecnológica cultural vivenciada pelo grupo social. Os vídeos auto etnográficos revelam uma experimentação alegórica da mídia hegemônica, pois ao mesmo tempo em que se apropriam da linguagem, reelaboram a estética, sem revisar a história, mas se propondo a recontá-la com detalhes pitorescos e esquecidos da cultura popular.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CATARINA TEREZA FARIAS DE OLIVEIRA - UFC
Interno - 1644432 - MARIA DO SOCORRO FURTADO VELOSO
Presidente - 1544641 - MARIA ERICA DE OLIVEIRA LIMA
Notícia cadastrada em: 31/01/2012 11:10
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