OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MICROESFERAS DE QUITOSANA PARA LIBERAÇÃO GÁSTRICA DE AMOXICILINA
sistemas gastrorretentivos – quitosana – micropartículas
Cada vez mais aumenta o interesse por parte das indústrias farmacêuticas em
desenvolver formulações capazes de liberar fármacos em sítios específicos no
organismo, assim como manter os mesmos no local por longos períodos de tempo,
com velocidade de liberação controlada e reduzir os efeitos colaterais, visto que a
biodisponibilidade oral de muitos fármacos é limitada pelo tempo de residência das
formas farmacêuticas ao longo do trato gastrointestinal. Freqüentemente recorre-se à
produção de sistemas gastrorretentivos para modular a liberação de fármacos a partir
de sistemas farmacêuticos com vistas ao aumento do tempo de permanência do
fármaco no trato gastrointestinal. A quitosana é um polímero que tem sido amplamente
utilizado como excipiente para formas de liberação modificada devido às suas
propriedades biodegradáveis, biocompatíveis e não tóxicas. Em função de sua carga
positiva em pH fisiológico torna-a bioadesiva, o que aumenta sua retenção no local de
aplicação. Recentemente, sistemas gastrorretentivos para o tratamento de patologias
no estômago, tais como gastrite crônica, úlcera péptica, proveniente de infecção pelo
H. pylori têm demonstrado interesse especial visto que uma liberação prolongada do
fármaco mantém uma maior concentração na mucosa gástrica, região onde existe o H.
pylori, bem como aumenta a estabilidade do fármaco e assim melhorar a eficácia
terapêutica.