A DANÇA DOS NEURÔNIOS: ENSAIO PARA UMA EDUCAÇÃO COMPLEXA
Ensino de dança. Complexidade. Neuroplasticidade;
Por meio da via dialógica, este trabalho possibilita pensar uma articulação de áreas do conhecimento, em que neuroplasticidade e educação, em dança, se interconectam para uma compreensão ampliada de homem e das ações educativas. Reconheço na vasta obra de Edgar Morin e de seus interlocutores, significativas contribuições sobre a questão neurocerebral sob lentes polifônicas. Reflito para além das concepções que separam e fragmentam o corpo, o homem, o conhecimento e seus desdobramentos para a vida do indivíduo e para a educação. É no intuito de unir não só áreas, mas o próprio ser humano que trago a neuroplasticidade em três entradas: como conceito, como ato político e como metáfora. Considero que a dança pode propiciar a criação de novos circuitos neurais ao permitir a experimentação, o incerto e o novo e assim, propiciar também mudanças de atitudes, de pensamentos, valores e ações tanto nos educadores quanto nos educandos. Tomo como referência o método complexo que sugere princípios reorganizadores do pensamento. O texto se constitui numa narrativa ensaística, onde há continuidade da composição textual, evitando-se a organização em capítulos, embora haja uma sequência de ideias que se interligam numa tessitura com os autores, com as pesquisas do GRECOM, com as orientações e com minhas vivências de dança. Compreendo o inacabamento e a incompletude deste trabalho, mas sei que a plasticidade do mesmo ocorrerá como que numa espiral de ideias.