Banca de DEFESA: CARLA HEMILLAY DE OLIVEIRA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLA HEMILLAY DE OLIVEIRA SANTOS
DATA : 20/03/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do LGGP/UFRN
TÍTULO:

EXPRESSÃO ESTRUTURAL DO LINEAMENTO TRANSBRASILIANO NA PORÇÃO SUL DA BACIA DO PARNAÍBA


PALAVRAS-CHAVES:

Bacia do Parnaíba, Lineamento Transbrasiliano; Expressão Estrutural


PÁGINAS: 93
RESUMO:

O Lineamento Transbrasiliano (LTB) apresenta direção NE-SW e extensão de mais de 2.700km em território brasileiro. Cerca de 900km do LTB ocorrem no substrato pré-cambriano da Bacia do Parnaíba (BPar), inferido a partir de dados geológicos e geofísicos como uma zona de cisalhamento plástica com cinemática transcorrente dextral, feição corroborada nas exposições do embasamento cristalino no NW do Ceará e leste do Tocantins. Na bacia propriamente dita, a reativação do LTB se expressa em superfície como feixes de lineamentos NE que correspondem a falhas ou fraturas, interceptando as unidades paleozoicas a triássicas da BPar. Este trabalho aborda a assinatura estrutural e idade de reativações do LTB na região sul da bacia, a leste de Palmas (região fronteiriça entre os estados do Tocantins, Maranhão e Piaui). No embasamento cristalino, a cinemática dextral do LTB envolve um estágio tardio com cinemática também dextral de baixa temperatura (dúctil-frágil), com provável idade ediacarana-cambriana, como observado no NW do Ceará.  Nas unidades litoestratigráficas da BPar, são distinguidos eventos de reativação em regime frágil ou hidroplástico (fraturas e bandas de deformação). Nesta região de estudo, um evento mais antigo registra uma cinemática transcorrente sinistral expressa principalmente como bandas de deformação e falhas de escala meso a macroscópica, com direção NE, combinadas com estruturas oblíquas, dilatacionais (incluindo juntas e falhas normais) ou conjugadas/antitéticas de rejeito direcional ou oblíquo, com orientações que variam de NNE a NNW, observadas nos litotipos das formações Sambaíba, Pedra de Fogo e mais antigas. A SE de Alto Parnaíba (MA), são destacadas as estruturas em flor que envolvem feições de espessamento de camadas na Formação Pedra de Fogo, atestando atividade tectônica sindeposicional durante o Neopermiano. Um segundo conjunto de estruturas são falhas normais associadas a uma distensão N/NNE, impressas nos corpos básicos de idade eojurássica da Suíte Mosquito, e unidades mais antigas. Essa suíte magmática é capeada, a sul de Lizarda (TO), por arenitos e conglomerados com seixos das vulcânicas, correlacionados à Formação Corda. Um terceiro conjunto de estruturas, caracterizado por falhas normais ou normais oblíquas com direção NE, registra distensão NW também observada na borda leste/SE da BPar, sendo associada ao evento de rifteamento da Margem Leste brasileira, durante o Eocretáceo.  Essas reativações do LTB não afetam o Grupo Urucuia, uma unidade da Bacia do Espigão Mestre que ocorre na região do Jalapão. Finalmente, um quarto evento, de ocorrência mais restrita, reflete distensão NE e está também registrado em arenitos correlacionados ao Grupo Urucuia, implicando para ambos uma idade máxima neocretácea.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 346469 - EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
Externo ao Programa - 2490483 - ALEX FRANCISCO ANTUNES
Externo à Instituição - VLADIMIR CRUZ DE MEDEIROS - SGB
Notícia cadastrada em: 14/03/2017 09:59
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