Banca de DEFESA: SILVIA AMORIM TERRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SILVIA AMORIM TERRA
DATA: 27/03/2015
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Laboratório de Geologia e Geofísica de Petróleo (LGGP)
TÍTULO:

PIROMETAMORFISMO EM CALCÁRIOS DA FORMAÇÃO JANDAÍRA, BACIA POTIGUAR, NE DO BRASIL 


PALAVRAS-CHAVES:

Pirometamorfismo, Calcários, Intrusões Básicas, Bacia Potiguar, NE do Brasil.


PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Geociências
RESUMO:

O presente trabalho objetiva a caracterização de rochas carbonáticas da Formação Jandaíra, termalmente afetadas no contato com intrusões básicas do Paleógeno e Neógeno, na região dos municípios de Pedro Avelino e Jandaíra (RN), nordeste do Brasil. Para o estudo em tela, foram utilizados dados de campo, microscópicos, difração de raios-X, microssonda eletrônica e litogeoquímica de rocha total. Os calcários não afetados termalmente são wackstones, grainstones e packstones. Podem constituir fragmentos de foraminífero bentônico, espinhos de equinoderma, ostracode, algas, bivalve, gastrópode, pelóides e intraclastos. A porosidade encontrada se enquadra nos tipos vugular, intrapartícula, interpartícula, intercristalina e móldica. Como minerais essenciais, tem-se calcita, anquerita e dolomita; como fases detríticas, citam-se montmorilonita, pirita, limonita, quartzo e microclina. Os calcários termalmente afetados apresentam granulação muito grossa a muito fina e coloração cinza clara a escura. Os componentes fossilíferos desaparecem totalmente, e a porosidade tende a desaparecer. Com os dados obtidos, infere-se que os protólitos carbonáticos seriam calcários calcíferos a dolomíticos, ambos com pequena quantidade de minerais do grupo das argilas. Os calcários cristalinos de protólito dolomítico contêm calcita romboédrica e bastante sulfeto e óxido / hidróxido de ferro, tornando as rochas bem mais escuras. Os carbonatos de protólito calcítico mostram grande variação de granulação em função do grau de recristalização, que aumenta na direção do contato com os corpos básicos. Neste grupo, foram identificados os minerais pirometamórficos lizardita e espinélio nas amostras pouco e moderadamente afetadas, e espinélio e espurrita nas fortemente afetadas, além da calcita que ocorre em todos os casos. O contexto geológico (intrusões rasas de diabásios), a presença dos minerais pirometamórficos espurrita e olivina (pseudomorfisada para lizardita, serpentina, brucita), e comparação com diagramas da literatura permitem estimar temperaturas e pressões em torno de 1050-1200°C e 0,5-1,0 kbar, respectivamente, para PTOTAL=PCO2. O resfriamento pós-intrusão teria propiciado a remobilização de porções de matéria orgânica do sedimento original e liberação de fluidos metassomáticos / hidrotermais, ensejando a abertura do sistema metamórfico, com eventual contribuição de elementos químicos das unidades hospedeiras (arenitos, folhelhos) e das próprias intrusões básicas. Isto favoreceria a hidratação de fases prévias, resultando em formação de serpentina, clorita e brucita. Os resultados mostram a forte influência do calor aportado por intrusões básicas no pacote sedimentar. Considerando que na porção offshore da bacia ocorrem soleiras com espessura de até 1000 m, o entendimento do pirometamorfismo poderá ser de grande utilidade na compreensão e dimensionamento desses depósitos. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2042352 - FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
Externo à Instituição - RENATO DE MORAES - USP
Presidente - 350630 - ZORANO SERGIO DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 26/03/2015 21:53
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa08-producao.info.ufrn.br.sigaa08-producao