HOME OFFICE NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO NORTE SOB A ÓTICA DOS SEUS SERVIDORES E SERVIDORES GESTORES
Home-Office; Assembleia Legislativa; Servidores; Vantagens; Desvantagens.
Em razão da pandemia causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) que teve início em Wuhan, na China, em dezembro de 2019, e repentinamente se espalhou pelo mundo, em março de 2020 após uma grande contaminação chegar ao Brasil, a Assembleia Legislativa do Rio grande do Norte instituiu pela primeira vez uma nova modalidade de trabalho, o home office. Dito isso, a presente dissertação tem como objetivo analisar a percepção dos servidores da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte-ALRN sobre a adoção do home office no seu trabalho. A metodologia utilizada consistiu de uma pesquisa aplicada com abordagem quali-quantitativa,
classificando-se como descritiva, tendo sido aplicado questionário estruturado a cento e trinta (130) servidores, via google-forms e oito (08) entrevistas com servidores gestores, realizadas virtualmente e presencialmente. Os dados dos questionários foram tabulados e analisados a partir de estatísticas descritivas; quanto as entrevistas, essas foram gravadas, depois transcritas na íntegra e analisadas seguindo os passos da técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Os resultados evidenciaram que os servidores perceberam como vantagens: redução dos gastos com transportes; melhoria da qualidade de vida; uma menor exposição a violência e poluição; maior produtividade e privacidade; e ter menos estresse com deslocamento. Já as desvantagens
apontadas foi o aumento no custo de água e luz, precisar montar a própria estrutura de trabalho, e a distração familiar. Quanto as entrevistas com servidores gestores, codificou-se três grandes categorias nos resultados, sendo elas: As vantagens; desvantagens; e necessidades de gestão. Como vantagens apontadas na percepção dos gestores estão: a inovação; boa adequação dos servidores; melhor produtividade; economicidade para a instituição; maior qualidade de vida; flexibilidade. As desvantagens são as lacunas na comunicação; dificuldade de liderança; resistencia ao home-office; a não otimização do trabalho; menor agilidade; o home-office não funcional; o execesso de trabalho; a inadequação dos setores, dentre outros. E as necessidades de gestão menciona uma mudança na cultura organizacional; capacitações; ter perfil adequado para o home-office; e a integração entre os setores. Com isso, conclui-se que a experência com o home office teve mais vantagens para os servidores que desvantagens. Mas, para os servidores gestores, as vantagens e desvantagens estão no mesmo patamar, mas que se somam as necessidades de gestão evidenciadas. Assim, entendendo-se que o home office mostra-se como uma tendência a ser seguida no atual mundo do trabalho, espera-se que a Assembléia legislativa se debruce sobre os resultados encontrados para um melhor planejamento da gestão do trabalho.