Resumo:
Apesar de haver diversos trabalhos estimando fluxos e estoques de carbono nos biomas brasileiros, tais estimativas ainda carregam um percentual de erro dadas as limitações metodológicas (subestimativas noturnas no caso dos fluxos medidos por eddy covariance, por exemplo) e devido sua limitação espacial ,geralmente limitadas ao ponto de uma torre de medição. Há uma grande necessidade em se entender o efeito das mudanças climáticas, tanto do ponto de vista da mudança de uso do solo sobre o clima, como a forma com que a mudança do clima influenciará no percentual remanescente destes ecossistemas. Há indícios de maior freqüência de eventos extremos (seca e cheia), sendo que as inundações são os principais determinantes dos padrões e processos ecológicos nos sistemas de planícies aluviais. As mudanças climáticas em curso e previstas indicam mudança nos regimes regionais de chuva. É preciso compreender melhor estes efeitos via modelagem, pois isto alteraria até mesmo a sazonalidade do nível das inundações, gerando alterações ecológicas importantes. A integração dos dados estimados por outras metodologias objetiva a diminuição dos erros inerentes ás medidas, aferição e calibração destas de modo que o dado gerado possua maior confiabilidade para o uso nos modelos de interação biosfera-atmosfera, que gerarão resultados ainda pouco conhecidos para dados de maior resolução espacial.